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sábado, 28 de março de 2009

DE CAIÇARA DO NORTE DR. SEVERIANO

21 – CAIÇARA DO NORTE
O primeiro proprietário da região salineira chamada Caiçara foi o Sargento-Mor Bento Gomes da Rocha. Em 16 DE março de 1734, seu filho, o Capitão Inácio Gomes da Câmara tomou posse de três léguas de terras, que começavam no setor chamado Três Irmãos, estendendo-se até Água Maré e alastrando-se pelo sertão. A palavra Caiçara significa, na língua indígena, o semelhante a curral de gado.
O povoamento de Caiçara foi crescendo e já na metade do século XVIII começou a dar sinais de desenvolvimento a partir do trabalho nas salinas e na pesca, da criação de gado e de várias plantações espalhadas pelas redondezas.
No ano de 1844, o missionário frei João da Purificação, comandou a construção da Capela de Santo Antão Abade. As pedras usadas na construção da capela vieram da Ponta da Santa Cruz e a imagem, de acordo com os moradores mais antigos, pode ter vindo da Itália ou ter sido encontrada numa embarcação naufragada.
Em 1847, Caiçara foi elevada à condição de distrito de Touros, ganhando sua primeira escola no ano seguinte. O distrito tinha uma extensa rua, construída em sentido paralelo à chamada pancada do mar, ladeada de estaleiros improvisados, que serviam para salgar e secar o pescado.
Caiçara teve sua vida normal e em desenvolvimento até o ano de 1912, quando sofreu a invasão das areias das dunas, ficando praticamente soterrada. Com a Capela de Santo Antônio Abade sendo atingida pelas areias, a imagem do santo foi transferida, sob a coordenação do Padre João Clemente, para um prédio na localidade de São Bento.
Mas, apesar de todas as dificuldades promovidas pelo avanço das dunas, Caiçara manteve-se viva e logo voltou a crescer, ganhando uma nova escola em maio de 1925. Posteriormente tornou-se distrito de São Bento do Norte e continuou sua prosperidade econômica, tendo como principal base a atividade desenvolvida pela famosa pesca do peixe voador.
No dia 16 de julho de 1993, pela Lei nº 6.451, Caiçara desmembrou-se de São Bento do Norte, tornando-se município do Rio Grande do Norte, com a denominação de Caiçara do Norte.
Terra de gente que vive por muitos anos, como, por exemplo, a Sra. Maria Gomes da Silva, falecida com 101 anos, em 9 de maio de 1961, filha de Francisco Gomes da Silva e Joana Gomes da Silva, casada com Cláudio Maia, e genitora de Antônio Maia da Costa, Ana Maia da Costa, e Maria Maia da Costa.
Enfim, consta à fl. 354, CASCUDO: História do Rio Grande do Norte, de 1955, a seguinte lição: "Baixa Verde - São Bento do Norte - nome da propriedade primitiva. A Capela, 1915, é dedicada a S. Antão, Abade. O núcleo da população estava na praia atlântica, Caiçara, a velha, soterrada pelos morros, e a nova que se confundiu com a Vila atual. Caiçara era povoação conhecida antes de 1849. Zona de pescarias de voador. Distrito pelo Decreto-lei de 31 de Outubro de 1938."
Economia
Em Caiçara do Norte estão cadastrados na Colônia de pescadores 300 barcos e 1.200 pessoas atuando na atividade pesqueira, com destaque para a pesca do peixe-voador, Hirundichthys affinis. Essa espécie de peixe é tão abundante no local que sua venda é usualmente tratada por milheiro. E cada milheiro, com cerca de 142 quilos, é vendido por R$ 40,00. A produção em 1998 foi de 1.100 toneladas, e por conta do el niño, em 1999, a produção caiu para 700 toneladas. Sendo um dos recordistas o Sr. Epaminondas Quirino da Paz, 77 anos, com 18 milheiros.
Caiçara do Norte é tida, também, como um sítio de alimentação de outras espécies de peixe, como a sapuruna ou xira, Haemulon aurolineatum, agulhinha-preta, Hemiramphus brasiliensis, agulhinha-branca, Hyporhamphus unicasciatus, e a sardinha-laje, Opisthonema oglinum.

22 – CAIÇARA DO RIO DO VENTO
Na chamada Região do Potengi, nas proximidades do rio do Vento, antes conhecido com rio Novo, e cujas águas vão parar num afluente do rio Ceará- Mirim, nasceu um povoado chamado Caiçara. Palavra de origem indígena que significa cerca de proteção, curral ou tapume.
Nos idos de 1749, Manuel Pinheiro Teixeira já praticava atividades pastoris nas margens do rio do Vento.
Foi a família Pires e os incentivadores João Vitorino de Andrade e Manoel Bertoldo, que deram início ao povoado, portanto, considerados os fundadores da localidade. No ano de 1930, Caiçara tinha um arruamento com trinta casas e um considerável número de fazendas de criação de gado. Caiçara continuava seu desenvolvimento quando o grupo formado por Manoel Ribeiro de Lima, Luiz da Mata Teixeira, Manoel Antônio Bezerra, Antônio de Oliveira e Pedro Vitoriano de Andrade, partiu para a luta em defesa de sua emancipação política.

Distância de Natal :: 95 km

De acordo com relatos históricos, a região onde hoje se encontra o município de Caiçara do Rio do Vento teve sua ocupação em 12 DE AGOSTO DE 1734, quando a pecuária foi introduzida na região por Manoel Rodrigues Coelho, um rico fazendeiro proprietário da Data Olho d`água da Gameleira que correspondia à toda aquela região. Em 1793, também já se criava gado bovino nas margens do Rio Novo (atual Rio dos Ventos). Caiçara do Rio do Vento comemora seu aniversário em 19 de janeiro data que corresponde à da emancipação política que ocorreu no ano de 1963, quando Caiçara do Rio do Vento se desmembrou políticamente do município de Lages. A luta deu bons resultados e no dia 19 de janeiro de 1963, por força da Lei nº 2.813, o povoado desmembrou-se de Lajes, tornou-se município com o nome de Caiçara do Rio do Vento, numa fusão do nome indígena Caiçara, com a marca maior da localidade que é o Rio do Vento.

23 – CAICO

Criação do município foi determinada pela Ordem Régia de 22 de julho de 1766, executada pela Ordem do Governo de Pernambuco, em 28 de abril de 1788. A então chamada Vila Nova do Príncipe recebeu foros de cidade em 16 de dezembro de 1868 pela Lei Provincial nº 612 e, através do Decreto Estadual n° 12, de 1 de fevereiro de 1890, passou a se chamar Seridó. O nome Caicó chegou oficialmente por força do Decreto Estadual nº 33, de 7 de julho de 1890.
Contam-se várias lendas sobre a origem da cidade,porém todas citam um vaqueiro português que a procura de água para o seu gado durante uma seca, se depara com um touro bravio de feições míticas. Aflito diante de tal situação, o vaqueiro faz uma promessa à Sant'Ana,onde se conseguisse escapar do touro e encontrar água construíria uma capela em sua homenagem.Então nesse momento, viu-se que o touro dasaparecera e logo o vaqueiro encontrou um poço,onde segundo relatos nunca secaste. Diante disso,o mesmo contaste o relato à amigos, onde então iniciaram a construção da capela,marco inicial do povoamento de Caicó.
O povoado que deu origem ao município surgiu no começo do século XVIII, depois de expulsos os índios Caicós que habitavam as redondezas da confluência do rio Barra Nova com o Seridó. Chamada alternativamente de Caicó e Seridó, a povoação já era sede de distrito administrativo em 1748. A criação do município, que passou a se denominar Vila Nova do Príncipe, ocorreu em 1788. Em 1868 sua sede tornou-se cidade e por decretos estaduais de 1890 teve o nome trocado primeiro para Seridó e posteriormente para Caicó.
Economia
A mais importante atividade econômica foi o beneficiamento do algodão. Atualmente, o meio rural sobrevive da agricultura familiar e da produção de leite, carne-de-sol e do queijo. A cidade destaca-se por ser um dos maiores pólos de produção de bonés e bordados do Brasil.
O município vem sofrendo, nas últimas duas décadas, um processo de atrofiamento econômico.
População
Os fortes traços de influência européia da população caicoense fez com que os habitantes recebessem a alcunha de galegos, que era utilizado para designar as pessoas mais claras que vieram majoritariamente de Portugal do Norte e da fronteira Galega na Espanha. Muitos dos caicoenses vieram de terras portuguesas do vale do Minho, Açores, Estremadura, Douro e Trás-os-Montes. Caicó também é muito conhecida por sua população apresentar basicamente três sobrenomes: Araújo, Medeiros e Dantas.

ASPECTOS GEOGRÁFICOS
• ÁREA TERRITORIAL: 1.215 km².
• RELEVO: Apesar de apresentar-se bastante acidentado, o relevo do município é constituído, em sua maior parte, de planícies, apresentando uma altitude média de 158 m acima do nível do mar. Ocupa uma área de 1.328 Km².
• VEGETAÇÃO: Predomina a caatinga, destacando-se os vegetais: aroeira, oiticica, algaroba, mandacaru, xique-xique, jurema e outras.
• HIDROGRAFIA: Os rios não são perenes. É banhado pelos seguintes rios: Seridó, Sabugí e Barra Nova. Os rios Seridó e Sabugí tem suas nascentes no Estado da Paraíba e o rio Barra Nova tem nascentes no próprio Estado do Rio Grande do Norte. Os riachos disponíveis são os Riacho do Meio, Riacho Fechado, Riacho dos Santos e Riacho da Serra. Os açudes que abastecem a cidade são o Açude Itans, Açude Mundo Novo e o Açude Dominga.
HISTÓRIA
Por volta de 1700, batedores paraibanos chegaram à região e partiram para um caça sem trégua aos índios Caicós, que viviam nas proximidades da junção do rio Barra Nova com o Seridó. Após muitas lutas sangrentas, os índios foram expulsos e a área ficou aberta para a chegada de famílias de plantadores. Começaram a surgir pequenos núcleos comunitários totalmente voltados para a pecuária. A riqueza em pastagens e aguadas foi o motivo do interesse pela região.
A notícia da descoberta de um nova região propícia à criação gerou um intensa busca de paraibanos, pernambucanos e portugueses, a fim de colocarem seus rebanhos nas terras conquistadas. Entre os povoadores mais antigos, registram-se os nomes do Capitão Inácio Gomes da Câmara, Tenente José Gomes Pereira e Manoel de Souza Fortes.
A comunidade do Seridó pertencia, no ano de 1748, à freguesia de Piancó, Estado da Paraíba. Nesse mesmo ano, em 15 de abril, o povoado passou a ser sede de distrito administrativo criado por alvará, com a denominação de Caicó, nome derivado da tribo indígena que habitava a região e que significava mato ralo.
A criação do município foi determinada pela Ordem Régia de 22 de julho de 1766, executada pela Ordem do Governo de Pernambuco, em 28 de abril de 1788.
A então chamada Vila Nova do Príncipe recebeu foros de cidade em 16 de dezembro de 1868 pela Lei Provincial nº 612 e, através do Decreto Estadual nº 12, de 1 de fevereiro de 1890, passou a se chamar Seridó. O nome Caicó chegou oficialmente por força do Decreto Estadual nº 33, de 7 de julho de 1890.

Entre as histórias da região, destaca-se a crença que os índios Caicós tinham em Tupã: “Quando o sertão era virgem dos pés brancos, a tribo dos Caicós, de uma ferocidade terrível, julgava-se invencível porque seu deus ali vivia encarnado num touro selvagem que morava num intrincado mofumbal, onde se encontra hoje a cidade de Caicó. A tribo foi exterminada, mas a morada de Tupã permaneceu intacta. Certo dia, um vaqueiro inexperiente e indiscreto, tendo penetrado o mofumbal, sentiu-se repentinamente atacado pelo touro bravio e sagrado que, com certeza, iria esmagá-lo se ele não tivesse no momento tido a lembrança de prometer à Nossa Senhora Santana a construção de uma capela em sua homenagem, caso escapasse de tão grande perigo. Como por encanto, o touro desapareceu. Alcançando o milagre, o vaqueiro destruiu a mata e logo iniciou a construção da capela”.

PONTOS TURÍSTICOS
Destacamos os seguintes pontos turísticos:
1. Mosteiro das Irmãs Clarissas de Nossa Senhora de Guadalupe.
2. Açude Itans.
3. Arco do Triunfo.
4. Castelo de Engady.
5. Praça da alimentação.
6. Ilha de Sant'ana
7. Museu do Seridó
8. Casa da Cultura
9. Casa de Pedra

A cidade conta com 6 emissoras de rádio,sendo 3 de modo AM:Rural de Caicó-830kHz,Caicó-1100kHz e a Rádio A Voz do Seridó-1290kHz.Além das 3 em modo FM:Liberdade-88,3; Rural FM-95,9; e Solidariedade-106,3FM.
O município conta com uma ótima cobertura de telefonia celular,que cobre toda a área urbana e grande parte da zona rural.Tal cobertura realizada pelas operadoras Oi, TIM e Claro.
Caicó também conta com vários jornais impressos de circulação semanal e dispõe de vários provedores de internet locais, dentre eles Itans, Veloz Net, e Velox.
Caicó conta com uma agencia de Correios & Telegrafos.
Conta Também com diverssas Estações de Radio Amador e Px
Um centro cultural é um espaço (ou equipamento) arquitetônico contemporâneo destinado a apresentação de manifestações culturais das mais diversas modalidades.
cidade conta com 6 emissoras de rádio,sendo 3 de modo AM:Rural de Caicó-830kHz,Caicó-1100kHz e a Rádio A Voz do Seridó-1290kHz.Além das 3 em modo FM:Liberdade-88,3; Rural FM-95,9; e Solidariedade-106,3FM.
O Muncipio conta com eficiente Sistema de Telefonia Fixo da Operadora Telemar/oi.
O município conta com uma ótima cobertura de telefonia celular,que cobre toda a área urbana e grande parte da zona rural.Tal cobertura realizada pelas operadoras Oi, TIM e Claro.
Caicó também conta com vários jornais impressos de circulação semanal e dispõe de vários provedores de internet locais, dentre eles Itans, Veloz Net, e Velox.
Caicó conta com uma agencia de Correios & Telegrafos.
Conta Também com diverssas Estações de Radio Amador e Px

PONTOS TURÍSTICOS
ILHA DE SANTANA: Projeto concluído. Servirá para a realização do carnaval de Caicó e da famosa Festa de Santana entre outras festas, realizações esportivas e etc.
CENTRO CULTURAL: Uma obra recente que deveria possuir, segundo o projeto, sistema de som e projetor cinematográfico.
Atualmente funciona como teatro e local para seminários.
Arco do Triunfo: Construído para comemorar a passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima pelo município.

CASTELO DE ENGADY: Foi construído por um antigo pároco da catedral que costumava fazer turismo pelos castelos europeus. Recentemente o Engady foi comprado pelo governo do estado e encontra-se fechado e abandonado.
AÇUDE ITANS: Um dos maiores açudes do Rio Grande do Norte, com capacidade de 81 milhôes de metros cúbicos de água; em sua margens existem vários clubes.
PRAÇA DOS TRAILERS: Local de encontro da comunidade local durante a noite.
ESTÁDIO DE FUTEBOL DR. RUI MARIZ: Apelidado de Marizão, nesse estádio situa-se a casa do Atlético Clube Corintians de Caicó. Já sediou partidas entre o clube e Vasco da Gama-RJ e Cruzeiro-MG. O Corinthians de Caicó foi o primeiro clube do interior do Rio Grande do Norte,a conquistar um campeonato estadual de futebol, promovido pela Federação Norte-Rio-grandense, em 2004, ao derrotar o América, posteriormente, em 2005, foi a vez do Potiguar de Mossoró, e em seguida, foi o Baraúnas, em 2006
VERTICALIZAÇÃO
A cidade de Caicó, depois de Mossoró, e do municípios metropolitano, Parnamirim, é a mais verticalizada do interior do Rio Grande do Norte, com três prédios com 12 andares e vários outros com menos de dez pavimentos

24 – CAMPO GRANDE
Os primeiros habitantes da Serra da Capilhada foram os índios Pêgas.
Em 1750, a região era conhecida pelo nome de Campo Grande, em referência as extensas campinas situadas à margem esquerda do rio Upanema.
Nessa época, estabeleceu-se na região um português chamado Gondim, com as primeiras fazendas de criação de gado.
Nos idos de 1761, o Sargento-Mor João do Vale Bezerra adquiriu, em hasta pública, as terras da serra da Capilhada, pertencentes anteriormente ao português Gondim, surgindo então a povoação de Campo Grande e a história de uma serra que com o passar do tempo passou a ser chamada de Serra de João do Vale.
Foram construídas casas para a família e descendentes de João do Vale, edificada uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Santana.
Em 14 de setembro de 1858, a Lei nº 114 criou o município com a denominação de Campo Grande. Interesses políticos, entretanto, fizeram com que essa Lei fosse derrogada em 1868, passando Campo Grande a simples posição de distrito do recém- criado município de Caraúbas. A Lei nº 613, de 30 de março de 1870, restaurou o município com a denominação, de Triunfo. Em 28 de agosto de 1903, a Lei nº 192 originada do projeto do Deputado Luís Pereira Tito Jácome, mudou o nome do município para Augusto Severo, em homenagem ao inventor do dirigível Pax.
No dia 6 de dezembro de 1991, através da Lei nº 155, o município de Augusto Severo voltou ao seu antigo nome Campo Grande.

Está localizado na microrregião do Médio Oeste.. Área territorial de 897 km².
O município foi emancipado de Açu através da Lei nº 114, de 14 de setembro de 1858.
Limita-se com os municípios de Upanema (norte), Caraúbas, Janduís e Messias Targino (oeste), Paraú e Triunfo Potiguar (leste) e com o estado da Paraíba (sul).
A sede do município está a 5° 51’ 50” de latitude sul e 37° 18’ 36” de longitude oeste. A altitude é de 96 m acima do nível do mar e a distância rodoviária até a capital é de 265 km. A pluviosidade média aferida no município, segundo o IDEMA é de 743,8 mm.
Ainda de acordo com o IDEMA, o solo da região é do tipo bruno não cálcico vértico. O solo tem aptidão regular e restrita para pastagem natural. É apto para culturas de ciclo longo como algodão arbóreo, sisal, caju e coco. algumas área indicadas para preservação da flora e da fauna ou para recreação.
Em 30 de março de 1870, a Lei nº 613 restaurou o município com a denominação de Triunfo. Em 28 de agosto de 1903, a Lei nº 192 mudou o nome do município para Augusto Severo. No dia 6 de dezembro de 1991, através da Lei nº 155, o município de Augusto Severo voltou ao seu antigo nome de Campo Grande.


25 – CAMPO REDONDO
Campo Redondo, município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado na microrregião da Borborema Potiguar. Área territorial de 238 km².
Limita-se com os municípios de São Tomé e Lajes Pintadas (norte), Currais Novos (oeste), Santa Cruz (leste) e Coronel Ezequiel (sul). Limita-se ainda com a Paraíba (sudoeste).
A padroeira da cidade de Campo Redondo é Nossa Senhora de Lourdes. A festa acontece no mês de novembro, onde temos vários eventos culturais e shows. Outro evento tradicional no município é a festa da Emancipação Política, que acontece no mês de março. Este ano contamos com uma extensa agenda cultural e social, como apresentação de alunos do município, funcionários da saúde que ministraram palestras sobre temas diversos, corrida de jegue, atletismo, campeonatos de vôley, futsal, entre outros, show com a banda forró dos play...
A renda da população se dá através da agricultura, (milho, feijão, maracujá, côco, caju, melancia, jerimum entre outros). A criação de gado, de ovelhas, cavalos também é de grande importancia para os mesmos. O comércio - que se realiza aos domingos no centro da cidade - também movimenta trabalhadores de outras cidades como: Santa Cruz, Currais Novos, Lajes Pintada.
A maioria dos jovens se concentram na zona rural,porém a maioria da população urbana é idosa. A cidade possui alguns pontos turísticos, como o letreiro e a ponte que foi levada na enchente de 1981.São pontos turísticos que deveriam ser explorados pelos turístas,mas infelizmente é esquecido até mesmo pela população local.

26– CANGUARETAMA
O primeiro núcleo colonizador foi a aldeia Gramació, fundada em 1743 por um jesuíta, o padre André do Sacramento, situada à margem esquerda e acima uma légua da Barra de Cunhaú. A aldeia Gramació foi elevada a vila com o nome de Vila Flor, em obediência à Carta Régia de 3 de maio de 1755, que transformava em vilas os antigos aldeamentos indígenas.
Com a expulsão dos jesuítas, a sede municipal de Vila Flor foi transferida para o povoado de Uruá, com a denominação de Vila de Canguaretama em 19 de julho de 1858, através da Lei n° 567, criando então, o município de Canguaretama. O nome Canguaretama significa vale das matas, onde há muitas árvores.
A circunscrição religiosa da povoação tinha o nome de Penha, dado pelo missionário capuchinho frei Serafim de Catania e conservada pela Lei Provincial n° 468, de 27 de 1860, para a freguesia.
A vila tinha como base econômica de sobrevivência o comércio do pau-brasil, o plantio da cana-de-açúcar e a pesca. No dia 31 de outubro de 1882, foi instalada a estação ferroviária.
A Lei Provincial n° 955,de 16 de abril de 1885, elevou a sede do município à categoria de cidade, instalada em 18 de setembro do mesmo ano.
A história da região registra o trágico acontecimento chamado Martírio de Cunhaú, ocorrido no Engenho Cunhaú, no dia 16 de julho de 1645: O delegado do Conde Maurício de Nassau, Jacob Rabi, chegou a Cunhaú acompanhado pelos índios Janduís. Durante a missa dominical, celebrada pelo padre André de Soveral, o delegado Jacob mandou os índios invadirem a capela e matarem o padre e todos os devotos. O ataque feroz e de surpresa transformou-se num amplo massacre, que envolveu até os que se encontravam na casa grande do engenho. Apenas três pessoas conseguiram escapar para contar a história.

27 – CARAÚBAS
Em território habitado pelos índios Potiguares, em fins do século XVII, Baltazar Nogueira, filho de Manoel Nogueira, fundador do município de Apodi estabeleceu uma fazenda de gado às margens da lagoa do Apanha-Peixe e construiu, para se defender dos prováveis ataques indígenas, uma casa forte, porém sem êxito. Durante uma viagem sua a Pernambuco os índios invadiram a fazenda, saquearam e queimaram a casa.
Posteriormente o fidalgo português, Tenente-General Francisco de Souza Falcão, vindo de Pernambuco com sua família e dois sobrinhos de sua esposa, fundou uma fazenda em Cachoeira, na sesmaria do mesmo nome comprada a Félix da Cruz. Pouco tempo depois da chegada da família pernambucana, a filha de Souza Falcão, a jovem Ana, casou-se com seu primo Leandro Bezerra da Cunha Cavalcante. Depois do casamento, Leandro fundou, por ordem de seu sogro uma fazenda localizada nas proximidades do riacho bem perto de um bosque de caraubeiras. Corria então o ano de 1780.
Em 1791, uma grande seca ameaçou exterminar o gado da região. Leandro da Cunha, devoto de São Sebastião, prometeu construir uma capela para o santo se surgisse água franca para a manutenção de sua fazenda. Cavando então um poço perto do riacho a água jorrou em abundância e nunca mais secou. A partir desse momento o poço passou a ser chamado de Poço de São Sebastião.
Construída a capela, as romarias e as festas religiosas realizadas atraíam para o local grande número de fiéis, que vinham até mesmo dos mais distantes sertões e, como a fazenda de Leandro não tinha nome, todos diziam que estavam indo para as “Caraúbas”.
O distrito Caraúbas foi criado pela Lei n° 250, de 23 de março de 1852 e elevado à freguesia pela Lei 408, de 1 de setembro de 1858. Em 5 de março de 1868, através da Lei 601, Caraúbas desmembrou-se de Apodi e tornou-se município do Rio Grande do Norte.
Rodovias
Turismo
A principal atração turística do município é o Hotel Balneário de Olho D'água do Milho, confortável, situado numa fonte termal a 6 km do centro da cidade. Seus visitantes são atraídos pela divulgação da eficiência terapêutica das suas águas minerais energéticas. E, para quem gosta de praticar esportes náuticos e pescaria, uma ótima pedida é a Lagoa do Apanha Peixe, divertimento garantido. No lado cultural do município, o atrativo é a Igreja de São Sebastião, padroeiro da cidade, construída em 1858.
No inicio do ano acontece a festa do padroeiro da cidade, São Sebastião, Vem muitas pessoas de outras cidades e até de outros estados, as festas não sao conhecida nacional por meio de comunicação comum, so pelo o popular boca a boca. As festa são realizadas em 10 dias, em comum com as melhores bandas de forró do brasil
Localizada em plena Chapada do Apodi, que forma um belíssimo cenário.

28 – CARNAUBAS DOS DANTAS
É uma pequena cidade, localizada na Região do Seridó, a 227km da capital, cercada de serras. Tem a Serra Rajada, a Pedra do Dinheiro e o Monte do Galo, que reservam segredos de rara beleza natural e mistérios que rondam a imaginação popular. Mas o principal atrativo turístico é, sem dúvida, o Monte do Galo, em cujas escadarias intercaladas por rampas estão dispostas as 14 estações da Via Sacra, responsáveis pela vivência do Turismo Religioso. A chegada ao cume proporciona uma visão panorâmica da cidade, levando os visitantes a conhecerem a famosa escultura em forma de galo que pesa 5 toneladas.


29– CARNAUBAIS

Principais atrações de Carnaúba dos Dantas
Serra da Rajada: Localizada no acesso principal da cidade, possui uma estrutura rochosa monolítica e abriga várias fontes de água em seu sopé. Guarda estórias lendárias, como a de um carneiro dourado que salta do cume da Serra da Rajada para a Serra do Marimbondo, e ainda a estória de um tesouro incrustado dentro da Serra.
Pedra do Dinheiro: Localizada na entrada da cidade, próximo ao Santuário de Santa Rita de Cássia, destaca-se tanto por sua forma e beleza como pela quantidade de lendas que tem gerado na imaginação popular. Diz a lenda que os antigos moradores da região viam, à noite, um carneiro de ouro encantado em cima da Pedra e que, ao redor dela, existem várias “botijas” enterradas. Nas décadas de 60, 70 e 80 do século passado, os arredores da Pedra foram explorados na busca de minérios.
Monte do Galo: Inaugurado em 25 de outubro de 1927, é o principal ponto turístico religioso do Rio Grande do Norte. O Cruzeiro do Monte do Galo tem uma altura média de 155 metros. Foi idealizado por Pedro Alberto Dantas e a família Alberto.
A origem do Monte do Galo está relacionada a outra das inúmeras lendas que povoam a localidade: diz-se que os antepassados ouviram um galo cantar no alto do Monte, onde está localizado o Cruzeiro. Logo em seguida, pulou uma cabra do cume do Serrote, desaparecida há uma semana, sem sofrer nenhum dano em decorrência da queda.
As 14 estações da Via Sacra, dispostas nas escadarias do Monte do Galo, foram idealizadas por Dom José Adelino Dantas, na intenção de homenagear as principais famílias de Carnaúba dos Dantas e o patriarca e fundador da cidade, Caetano Dantas Correia.
Pedra de Gambão: Grande rochedo de beleza natural. O referido nome deu-se através do cidadão Gambão, que mantinha os cuidados de preservação e conservação da Pedra. Atualmente, ela é vista como um atrativo turístico, onde as pessoas visitam e apreciam a sua beleza. A Pedra de Gambão fica localizada na Rua Mamede Azevedo, próxima à Prefeitura Municipal de Carnaúba dos Dantas.
Horto Florestal: Foi construído na década de 50, através da influência da escritora e poetisa Donatilla Dantas, com o nome de Bosque Presidente Café Filho, em homenagem ao então Presidente da República. Durante muito tempo, foi ponto de entrega de mudas de plantas nativas para cidades vizinhas e a comunidade local. Esse atrativo natural, até alguns anos atrás, funcionava como posto do IBAMA, recebendo recursos do Governo Federal.
Canyons do Riacho Fundo: Caracterizado pelas formações rochosas em relevo de altos e baixos ou planaltos. Esse local assemelha-se, guardando-se as devidas proporções, aos grandes Canyons Americanos, com riacho, arenitos e vegetação de pequeno porte; um cenário de beleza inigualável.
Castelo de Bívar: De propriedade particular de José Ronilson Dantas, foi construído por volta de 1984, próximo ao Rio Carnaúba, em uma colina às margens da RN-288. Trata-se da construção inacabada de um castelo erguido em pedras, com muros e muretas e cinco torres de formas arredondadas em estilo medieval. O proprietário pretende transformar o Castelo em um templo espiritual de meditação. A origem do nome Bivar deve-se ao fato de o proprietário ter sido atraído pelo estilo medieval, após ter assistido ao filme “El Cid”, que relata a vida de uma família nobre espanhola que residia em um castelo de nome “Bivar”.
Igreja Matriz de São José: Localizada no centro da cidade, foi benta oficialmente a 27 de abril de 1912, sendo a sede da Paróquia de São José, padroeiro da localidade. Surgiu de uma capela dedicada ao mesmo santo em 1900.
Santuário de Santa Rita de Cássia: Situado no Sítio Marimbondo, seu surgimento está relacionado à morte de uma senhora chamada Joana Faustina da Silva, que no passado contraíra varíola, sendo abandonada por sua família. Morreu naquele local, agarrada à imagem de sua protetora, Santa Rita de Cássia. Com sua morte, os moradores que por ali passavam sentiam um cheiro forte de jasmim que saía de seu túmulo. Com isso, passaram a pedir graças a Santa Rita, com a interseção de Joana. Em 13 de maio de 1987, com a ajuda dos devotos de Santa Rita, foi inaugurado o Santuário de Santa Rita de Cássia.
Museu Histórico de Nossa Senhora das Vitórias: Construído em 06 de janeiro de 1974 pelo tesoureiro do Monte do Galo, Antônio Felinto Dantas, com peças doadas pela comunidade e por pessoas de outras regiões. As peças são objetos pessoais, oratórios, moedas, cerâmicas antigas, móveis, entre outros. No ano de 1998, foi feita uma ampliação nas suas dependências. O Museu não é aberto diariamente, funcionando apenas no período da Semana Santa, festas religiosas e com a permissão do tesoureiro do Monte do Galo.
Monumento Histórico Caetano Dantas Correia: Localizado na praça de eventos do mesmo nome, foi inaugurado em 19 de julho de 1957, em homenagem ao patriarca e fundador da cidade. O monumento foi projetado por Ostélio Dantas, seus brasões foram fabricados em bronze, na região Sudeste do Brasil. As inscrições, redigidas por Dom José Adelino Dantas, são as seguintes: “Ao Coronel de Milícias Caetano Dantas Correia, tronco dos Dantas do Seridó, que irmanados aos Azevêdos, povoaram estas terras e fundaram esta cidade. O povo de Carnaúba, ufano de tão inolvidáveis ascendentes, perpetua neste monumento o testemunho de sua homenagem e de seu culto”.
Escola Caetano Dantas Correia: Trata-se da pedra angular da cultura carnaubense. Seu estilo arquitetônico é eclético, com traços neoclássicos. Foi a primeira instituição oficial de ensino em Carnaúba dos Dantas, construída em meados de 1928 a 1929, no governo de Juvenal Lamartine, e inaugurada em 1935, no governo de Mário Câmara.
Biblioteca Pública Donatilla Dantas: Edifício eclético, com predominância neoclássica. Fundada pela poetisa e escritora carnaubense Donatilla Dantas, com o apoio do então Presidente da República João Café Filho e Bispo Dom José Adelino Dantas, em 21 de dezembro de 1947. Considerada uma das bibliotecas mais completas da região, detém em seu acervo aproximadamente 280 obras importantes e raras em nível nacional e internacional, além de revistas, almanaques jornais, entre outros.
Fachadas Antigas: O estilo arquitetônico das antigas edificações de Carnaúba dos Dantas, localizadas no centro histórico do município (“Rua da Igreja”), mostram uma miscelânea de vários estilos, do Clássico ao Neo-Gótico. Tal fenômeno tem origem do ecletismo da Europa do século XVIII, sendo expresso tardiamente no Seridó e em Carnaúba dos Dantas, no início do século XX, sem intenções formais nem estilísticas bem definidas. Em sua maioria, essas edificações constituem exemplos da arquitetura vernácula, sendo algumas construções classificadas como eclético-vernáculas.

Ilha da Ponta do Tubarão: A restinga da Ponta do Tubarão e a laguna situada no seu flanco sul formam um dos ambientes costeiros mais dinâmicos e belos do litoral potiguar. As dunas costeiras do local apresentam sítios arqueológicos muito ricos em material lítico / cerâmico.
Rio Assu: Quem vai a Macau não pode perder o belo passeio vespertino navegando pela foz do Rio Assu. O barco percorre manguezais e salinas, de onde se observa uma variedade de caranguejos, siris, ostras, maria-farinhas e aratus. O espetáculo do pôr-do-sol é caprichado, quando céu, o rio e mar tornam-se alaranjados.
Ilhas da Casqueira, Santana, Paraíso, Quixabeira, Presídio, Cavalos e Guaxinim: Estas ilhas podem ser visitadas por barco e possuem uma vegetação típica de mangues, com exceção de algumas onde predominam dunas. Nelas se encontram coqueirais e algarobas que completam a paisagem natural e paradisíaca de Macau.
Pôr-do-sol do Complexo Petrolífero da Petrobrás: Um dos pores-do-sol mais contagiantes da Costa Branca se encontra no complexo de exploração de petróleo, localizado na Praia de Soledade. Desse ponto, pode-se observar as plataformas marítimas da Petrobrás, além do mar tranqüilo e a paisagem exuberante.
Caminhada pelas Ruas da Cidade: Macau tem características peculiares, como ruas estreitas e a maioria de suas casas conjugadas, típicas da comunidade nativa de uma pequena ilha. Nada melhor do que curtir um happy hour na praia urbana de Camapum, visitar as salinas artesanais, passear pela foz do Rio Assu e vivenciar a badalada da noite de uma cidade-praia em suas praças, onde a juventude passeia, namora e se diverte.
Praias de Camapum, Barreira, Soledade, Diogo Lopes e Ponta do Tubarão: Compõem o cenário de praias pouco exploradas e com características ainda primitivas. Suas águas calmas e transparentes são um convite ao banho e a práticas náuticas. Para aqueles que não querem deliciar-se nas ondas das praias macauenses, vale a pena a contemplação de suas belezas naturais e da biodiversidade que se fazem presentes naquela região.
Mar de Dunas: Conjunto de dunas localizado nas localidades de Diogo Lopes, Barreiras e Soledade e ao longo das margens do Rio Conceição. Tais dunas possuem uma vocação natural para a realização de esportes de aventura, podendo-se percorrer suas curvas em buggys. Outra excelente opção é participar de cavalgadas nos fins de tarde para a apreciação do pôr-do-sol.
Vaquejada de Praia: Realiza-se no Parque de Vaquejada Flávio Sá, na praia urbana de Camapum, no mês de julho, atraindo milhares de visitantes de todas as regiões do Rio Grande do Norte e Estados vizinhos. No evento, acontecem shows de cantores e bandas regionais e nacionais, além da tradicional competição entre os vaqueiros e seus cavalos, que emprestam um brilho especial à festa.
Carnaval: O carnaval de Macau, tido como um dos mais importantes do Rio Grande do Norte, é precedido pelo Verão Vida de Camapum. No período de carnaval, todos os caminhos levam a Macau, onde este município recebe a visita de milhares de pessoas que são atraídas pelo tradicional mela-mela, lambuzando-se de mel de engenho ao som de trios elétricos percorrendo as principais avenidas da cidade.
Visita às Salinas da Companhia Álcalis: Maior produtora de sal da América Latina e uma das maiores do mundo, possuindo mais de 700 hectares e produzindo mais de 1 milhão de toneladas por safra. É possível percorrer o caminho entre as pirâmides gigantes de sal, e inclusive escalar algumas delas, que lembram colinas nevadas.
Gastronomia: A boa mesa de Macau é composta por culinária provinda de crustáceos, mariscos e peixes. Os visitantes poderão degustar pratos variados, que não deixam a desejar a nenhum outro tipo de culinária internacional, onde os principais cardápios mais apreciados são à base de caranguejo, peixes diversos, camarão, siri, ostra, sururu e búzios.
Turismo Pedagógico: É uma atração que o município oferece para as escolas que buscam novas alternativas pedagógicas. Por os pés em Macau é descobrir sua vocação natural para o Turismo Pedagógico. Da plenitude das salinas, passando pelo mistério dos mangues, pela beleza das praias, a exploração do petróleo ou pelos segredos das falésias. Tudo são ricas possibilidades pedagógicas que as escolas podem utilizar para dar encanto as suas aulas, além de projetos pedagógicos interdisciplinares que Macau preparou para os alunos viverem e desfrutarem da sua riqueza, com um único limite: o da sua própria vontade de aprender e ser feliz.
30 – CARNAUBAIS
HISTÓRICO
Em 1924, na grande cheia, a capela de Santa Luzia caiu. Forma mais 7 anos de luta e trabalho, da comunidade, de Abel, do padre e colaboradores de cidades vizinhas para reconstruir a nova capela. Então em 1937 foi reconstruída a atual igreja, aquela que ainda hoje está na Cidade Histórica, apesar de ter sofrido várias modificações.
Entre 50 e 60 surgiu um novo hábito; o baile da saudade, no dia 12, havia as barracas e festa no clube CRESC – Clube recreativo, esportivo, social e cultural de Carnaubais.
No dia 12, tinha festa para os jovens e visitantes e no dia 13, após a procissão havia o baile da saudade para os abastados da cidade, só entrava os ricos e as mulheres descendentes de famílias respeitadas, e acompanhadas por familiares e amigos.
Em 1974, após a grande cheia que abalou a cidade de Carnaubais, a igreja serviu de abrigo antes de transportar o povo para o tabuleiro, mas após a enchente começou um processo de abandonar a antiga cidade e a capela de Santa Luzia na cidade antiga ficou abandonada.
Posteriormente um grupo liderado por Chiquinha de Anízio, Maria Moura, Áurea Marques assumiram um trabalho religioso na igreja e depois o senhor José Moura, o mouco recomeçou o trabalho na igreja, porém trocaram até o nome da igraja histórica de Santa Luzia por são José.
Sempre foi um sonho da comunidade católica ter um padre residente aqui na capela de Santa Luzia.
Em setembro passado já no início do bispado de Dom Mariano Mansana, Carnaubais se transformou em área pastoral. Hoje temos o padre Francinaldo Macário da Silva, vigário da área pastoral de Carnaubais e Porto do Mangue.
Ele tem feito muito esforço para atender as expectativas e aumentar a religiosidade popular do nosso povo. Tem trabalhado com os pés no chão, tentando que os grupos pastorais existentes: Grupo de liturgia, dízimistas, cenáculo, apostolado da oração, casais com Cristo, juventude, batismo e catequistas caminhem com união, fé, dinamismo e tomem as decisões conjuntamente, descentralizando o trabalho do padre.
Geralmente de 3 a 13 de dezembro acontece a parte social no final da celebrações religiosas nesse período ocorrem novenas, missas, procissões e após as novenas ao lado da igreja ocorre divertimento com barracas, shows, leilões.
Na verdade, hoje, após cem anos de devoção religiosa, a festa de Santa Luzia de Carnaubais está entra os maiores eventos religiosos do vale do Assu e merece ser incluída no calendário de eventos turístico religiosos do estado do RN.
ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE ASPECTOS FÍSICOS E HIDROGRAFIA
Rios: Temos o rio Açu que é perene e o de maior importâncisa na vida econômica do município.
Além dele, temos os seus afluentes temporários com diversas denominações como Rio Panon, Rio Timbaúba, Rio do Olho D’água, Rio da Cachoeira, Córrego Antonio Bezerra e Riacho dos cavalos.
O Rio Imbuzeiro ou Umbuzeiro é o único que vem do Oeste para o Leste, desemboca no Alagamar, percorrendo toda a chamada região do mato e carnaubal.
Lagoas: Lagoa da Pasta, Lagoa do Jenipapeiro, Lagoa do Poré, Lagoa de Manoel Tavares, Lagoa Papagaio, Lagoa do Mato, Lagoa da Capivara, Lagoa do Jaburu e Lagoa do Queimado. O município de Carnaubais foi emancipado a 18 de setembro de 1963, antes desta data pertencia ao município de Assu.
O autor da Lei que emancipou o município foi o Sr. Olavo Lacerda Montenegro que na época era Deputado Estadual.
Como todo país seus primeiros habitantes foram os índios, não tendo certeza se as tribos Tapuyos, Janduís ou Potyguares.
No livro “Nomes da Terra” de Luiz da Câmara Cascudo, afirma que o povoado Oficinas, tido como o primeiro nome do município, foi grande aglomerado já no ano de 1747, onde registrava a produção e exportação de carne de sol, tendo porto fluvial, Juiz de Paz, vigário e escola.
Em 1974 foi castigada por uma grande cheia do rio Açu, fato este que fez mudar a sede do município antes nas várzeas para o tabuleiro onde hoje está sua localização.
Limita-se ao Norte com o município de Porto do Mangue, ao Sul com o município de Assu ao Leste com os municípios de Pendências e Alto do Rodrigues e ao Oeste com o município de Serra do Mel.
ORIGEM DO NOME:
O atual nome da cidade de Carnaubais vem da vegetação de carnaúbas predominante em todo o vale e sendo Carnaubais a cidade brasileira de maior densidade de carnaubeiras, daí a origem desse nome.
ADJETIVO PÁTRIO:
Aquele que nasce no município de Carnaubais poderá ser chamado de carnaubaense ou carnaubaisense.
PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS:
Setor primário:
Fruticultura, Agricultura e pesca de subsistência, pecuária para o corte de caprino, ovinos, suínos e bovinos, e também a produção de leite in-natura.
Criação de aves para o consumo familiar de carne e ovos e também para menor escala para a venda.
SETOR INDÚSTRIAL E COMERCIAL:
O maior destaque é a agroindústria de exportação frutas tropicais, empregando nesta mão-de-obra para produção de tomate e banana.
Temos a indústria do extrativismo vegetal da carnaúba do qual se emprega vasta mão-de-obra no corte da palha, produção do pó, fabricação e exportação da cera-de-carnaúba e fabricação de vassouras e artesanato de palha.
Temos também pequenas indústrias de cerâmica: olarias de tijolos, olarias de cal, movelarias, serigrafias, padarias, mine-indústrias de confecções, pizzaria, confeitaria de doce caseiro, sem deixar de lembrar o comércio de revenda de diversos produtos desde sorvetes até material de construção.
SETOR MINERAL:
No setor mineral o que se destaca hoje é a produção do petróleo, pois somos um dos municípios do vale do Assu e do Estado do RN incluído entre os maiores produtores de petróleo.
VEGETAÇÃO NATIVA:
A vegetação nativa tem sofrido grande devastação tanto a carnaubeira da várzea, como a caatinga do tabuleiro, e os manguezais das praias, mas podemos dizer que as principais espécies de vegetação são as seguintes:
• Carnaúba ou Carnaubeira: Predominante na várzea, e pertencente a família das palmeiras. Planta que dá origem ao nome do município é muito devastada pelas empresas de fruticultura.
• Plantas Xerófilas ou da Caatinga: Plantas que predominam no tabuleiro, e regiões secas, pertence a família de xerófilas e tem sido muito devastada pelas padarias e cerâmicas da região para usa-la como combustível. Cito como exemplo a caatingueira, o mufumbo, o mameleiro, canafistola, o juaseiroi, jurema, oiticica, angico, pau d’arco, jucá e os cactos, tais como macambira sodoro, faxeiro, cardeiro, palmatória etc.
• Gramíneas, capim e plantas rasteiras: Predominante na várzea, mas também nos tabuleiros em terrenos desmatados, muito usado para pastagem de animais principalmente em tempos de inverno. As gramas, o capim e as plantas rasteiras pertencem as famílias das gramíneas, ciperáceas e malváceas e é quem salva os rebanhos.
FAUNA:
Temos uma rica fauna, mas também ameaçada de extinção. Inclui espécies de aves tais como: canários, galos de campina, rolinhas, bem-te-vis, golinhas, avoetes, beija-flores, emas, galinhas d’água, juritis, marrecos, periquitos, papa-lagartas, anum preto, anum branco, curió,urubus, etc.
RÉPTEIS:
Temos cobras, tejos, camaleões, bicos-doces, lagartixas, calangos, todos muito caçados e quase todos em extinção.
MAMÍFEROS:
Destacam preá, punaré, canguru, capivaras, veados, raposas, porco-do-mato, raramente pequenas onças, além tatus, pebas e jumentos, quase todos também difíceis de encontrar.
INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE CARNAUBAIS.
LIMITES: Carnaubais Limita-se ao Norte com o município de Porto do Mangue, ao Sul com o município de Assu ao Leste com os municípios de Pendências e Alto do Rodrigues e ao Oeste com o município de Serra do Mel.
CLIMA: O clima predominante do município de Carnaubais é o clima tropical.
TEMPERATURA MÉDIA: A temperatura Média anual é variável entre 25°C a 34°C.
Área: 532 Km².
A CHEGADA DO PROGRESSO EM CARNAUBAIS
CORREIO
O correio foi um dos primeiros meios de comunicação a chegar a Carnaubais, não sei exatamente o ano, mas, foi no final da primeira década do século XX, trazido através de uma luta do grande colonizador Abel Alberto da Fonseca que nomeou uma nora de nome Isaura para a chefia do órgão.
No próprio correio, tempos depois foi implantado o telefone com fio, ou seja, o telégrafo.
TELEFONE
O telefone fixo estilo modelo atual foi implantado em Carnaubais na administração do Sr. Valdeci Medeiros de Moura em 1979 que construiu o primeiro posto da TELERN com uma cabine e apenas um aparelho telefone. Tempos depois esta cabine foi ampliada para dois telefones e uma central que fazia ligações para os órgãos públicos. Na primeira gestão do prefeito Nelson Gregório Bezerra de 1989 a 1992 foram implantados as cem (100) primeiras linhas residências e posteriormente os orelhões públicos.
RÁDIO
O rádio como instrumento do lar foi trazido para Carnaubais na década de 40 pelo proprietário de terras o Sr. José Cabral Cortês, o mesmo quando vinha para sua residência aqui em Carnaubais, localizada no início da comunidade chamada Banco de Areia, exatamente onde se chamou baixa de Manoel Cabral. A noite ele ligava o rádio no alpendre de sua casa e a população se reunia para ouvir. Vinha gente das Oficinas, do Alemão e da Tabatinga para ouvir principalmente o programa “A Hora do Brasil” e as notícias da segunda guerra mundial.
TELEVISÃO
Canal de televisão não temos. Porém a chegada do primeiro aparelho de televisão segundo relatos orais de algumas pessoas se deu em 1972 na antiga cidade, por iniciativa do Prefeito de época João Texeira Filho, que inaugurou uma praça com um aparelho de TV preto e branco, onde a população acorria em massa para ver a novela “Mulheres de Areia”. Posteriormente as pessoas foram adquirindo o aparelho e hoje quase todos os lares de Carnaubais tem uma TV colorida.
JORNAIS
Jornal no formato oficial só tivemos a partir de 2001, mas tablóides ou jornalzinhos impressos em mimiografos a ácool ou a tinta já tivemos vários. O primeiro deles foi o jornal Falando a Verdade do grupo de jovem Jucrist iniciado em 1979. Tivemos também o informativo PT a partir de 1982. O jornal Cata Vento do projeto Cultura do Sol nos anos de 1981 a 1983. O Grito Carnaubaense no ano de 1992 a 1993. Em 2001 surgiu o jornal A Folha, editado pelo escritor Aluízio Lacerda, jornal cujo objetivo claro era fazer oposição ao poder público da época. Posteriormente o jornal O Canaubaense, jornal ligado a época de Luiz Gonzaga Cavalcante, tendo como objetivo responder A Folha. Este jornal circulou até novembro de 2004. Atualmente circula o jornal Correio do Vale, tendo como editor chefe Tony Martins e cujo objetivo é também fazer oposição ao atual prefeito.
CELULAR
É uma coisa nova que foi chegando aos poucos como em todo país e hoje é uma epidemia, todo mundo tem.
COMPUTADOR/INTERNET
O primeiro computador que chegou a Carnaubais pertencia ao Sr. Francimir Wanderley. Depois na Prefeitura Municipal e foi se estendendo aos órgãos municipais.
No comercio o primeiro a usa-lo como ferramenta de trabalho foi o Empresário Nicodemos Cavalcante.
Já com relação a rede mundial de computadores denominada Internet, quem primeiro usou foram os órgãos públicos: Prefeitura, Câmara e Secretaria Municipal de Educação. Por particulares os primeiros a usar Internet foram Francisco das Chagas Gomes ( o gato ), Nicodemos Cavalcante e Paulo Giovanny Pereira Wanderley.
ASFALTO
A primeira estrada asfaltada foi a RN 016 que liga Carnaubais a Assu, um total de 30Km, construída no governo de José Agripino. Outra estrada asfaltada num percurso de 9Km liga Carnaubais ao município de Alto do Rodrigues, ou seja, faz uma interligação entre a RN 016 e a RN 118 e foi construída pela Petrobrás em ano bem recente. Temos também outra estrada asfaltada ligando Carnaubais a Porto do Mangue num percurso de 40Km, inaugurada no ano de 2002 no governo de Fernando Freire.
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
A história da iluminação pública de carnaubais tem três fases: primeira a iluminação era feita na antiga cidade através de um motor a óleo diesel, iluminava o perímetro urbano da Baixa de Chico Carlos até a lagoa de Manoel Cabral. As luzes as acendiam as 18:00h e as 21:30h dava um sinal e as 22:00h se apagava. No final da administração de João Texeira Filho foi inaugurada a luz elétrica da COSERN na antiga cidade. Após a cheia de 1974 e a transferência da antiga cidade para o local onde hoje se encontra, ou seja de 1974 a 1979 energia elétrica só na antiga cidade, na nova era escuro. Em 1979 no Governo de Lavosier Maia cujo o Prefeito era Valdeci Medeiros de Moura foi inaugurado a energia elétrica na nova cidade.
CAERN
Água encanada só veio existir na nova cidade também na gestão de Lavosier Maia Governador e Valdeci Medeiros Prefeito, foi que a população conheceu água encanada da CAERN. Posteriormente no governo de Geraldo Melo cujo prefeito era o Sr. Nelson Gregório Bezerra a cidade ganhou Saneamento Básico, tendo nesse período 60% da cidade saneada. E agora já na administração de Vilma de farias e do Prefeito Zenildo Batista está se concluindo os outros 40% da rede de esgoto sanitário.
AGÊNCIA BANCÁRIA
A cidade já possui duas agências bancarias e um posto avançado do banco do Brasil. Primeiro chegou o Posto do Banco do Brasil, paralelamente também veio a agência BANDERN, com o fechamento do BANDERN continuou apenas o posto do Banco do Brasil por mais alguns meses, mas alegando prejuízos em sua manutenção o Banco do Brasil também desativou seu.
POÇO DA LAVAGEM: O primeiro nome, tido como mais aceito do município de Carnaubais foi Poço da Lavagem, teve esse nome por ter ficado de uma grande inundação um grande poço bem no centro do povoado onde os tropeiros, viajantes e o povo em geral lavavam os seus cavalos e as mulheres do povoado lavavam as roupas.
O meio de transporte de maior porte na época era o fluvial, daí a importância de Macau ser o maior centro comercial da época. Ali chegavam os produtos de Europa e dos maiores centros brasileiros. De Macau eram trazidos para serem comercializados no vale do Assu e parte do sertão do Oeste. Produtos como açúcar, tecidos, chapéus, louças, móveis, bebidas, farinha de trigo, rapadura etc. O transporte era feito pelo porto fluvial vindo até o Porto do Carão, daí era descarregado e distribuídos pelo Vale em comboios de animais trazido pelos tropeiros. Também a produção de charques das oficinas, e o sal de Macau serviam para intensificar o comércio.
Os tropeiros saiam do Porto de Carão com seus comboios antes do sol raiar. Próximo ao meio dia eles chegavam ao Poço da Lavagem. Neste local eles tiravam as cargas dos animais, banhavam-se davam alimentação e banho também nos animeis e descansavam os animais e eles próprios debaixo de duas grandes cajazeiras, nessa parada do poço eles se alimentavam e aí surgiu o nome Poço da Lavagem- 1º nome local onde anos depois veio a ser a cidade de Carnaubais.
Segundo alguns mais antigos esta cheia foi em 1874 e o Poço da Lavagem permaneceu com água até o fim da década de 30, sendo reforçado pela cheia de 1924.
POVOADO DE SANTA LUZIA: Com o crescimento do Poço da Lavagem e a doação da imagem de Santa Luzia que se tornou a padroeira do povoado, o Poço da Lavagem, passou a chamasse Santa Luzia.
IGREJA DE SANTA LUZIA: A igreja de Santa Luzia é um marco na história do município de Carnaubais. Ela além de aglomerar pessoas em momentos de festas, em reuniões comunitárias, também serviu de abrigo às pessoas aflitas nas grandes enchentes do Rio Açu.
Segundo uma lenda, a imagem de Santa Luzia foi trazida e doada por Abel Alberto da Fonseca no inicio do século XX, lá pelo ano de 1916, após uma promessa de Abel Fonseca, de que se um incêndio não queimasse o seu carnaubal, não atingisse os olhos das canaúbas das suas terras, ele traria Santa Luzia protetora dos olhos. Logo apos a promessa, e segundo a lenda choveu e apagou o fogo. Assim ele o fez trouxe Santa Luzia e começou com a comunidade a construção de uma capelinha em honra a Santa Luzia que ficou então a padroeira do município. Porém a Igreja construída foi a baixo na cheia de 1924, sendo que só no ano 1937, foi construída a atual capela existente na Cidade Histórica, fruto de um trabalho da comunidade e de várias lideranças com destaque para Abel Alberto da Fonseca.
A FESTA DE SANTA LUZIA: Logo que foi doada a imagem de Santa Luzia, foi se mudando o nome de Poço da Lavagem para Santa Luzia, e aí, no final do ano, em plena época do corte da palha, da venda do algodão e da oiticica, da safra do sal fazia-se com quer a festa de Santa Luzia fosse uma festa de grande aconchego popular na região do vale.
Deslocavam-se para Carnaubais pessoas de Assu, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Areia Branca e todos os grandes povoados do vale.
Barracas, leilões, pastoris, jogos de azares, comidas típicas de várias espécies como aluá, alfinin, licor, tapioca, bolo de milho, bolo de batata, pé de moleque, fubá de milho, castanha assada, fubá de gergelim e outros.
Na noite da festa ninguém dormia, conjuntos, sanfoneiros, saxofonistas ficavam a noite inteira nas barracas, tocando e o povo ouvindo, comendo, bebendo, ou botando dinheiro para o cordão azul ou encarnado no pastoril, ou arrematar as prendas do leilão. Nos botecos e bares o povo bebia também. Pela manhã começava a feira e as nove horas era missa da festa e as três da tarde a procissão. Mas a festa não parava, para os boêmios e os mais abastados ainda haveria o baile da saudade no clube, onde só entrava gente da sociedade, moças finas, donzelas, bonitas, e cavalheiros elegantes e de aparente condição financeira.
A CASA DO MOTOR: A energia elétrica na década de 40 a 70 era um gerador abastecido por óleo diesel. Existia próximo o CRESC - Clube Recreativo Esportivo e Social de Carnaubais. A casa do motor que durante muitos anos foi manuseada pelo seu Raimundo da Luz era quem iluminava a cidade. De Joãozinho da Cruz a Manoel Cabral a luz se acendia as 18:00h e as 21:30h davam um sinal sendo que as 22:00h as luzes se apagavam.
A CRIAÇÃO DA FEIRA LIVRE E A CONSTRUÇÃO DO MERCADO CENTRAL.
Onde hoje existem algumas casas novas foi onde começou a feira livre de Carnaubais. O senhor Abel Alberto da Fonseca, homem de visão, construiu uma latada no inicio do século XX, por volta de 1915 ele incentivou a venda de carne, farinha, rapadura, mel, bolos, tecidos, bebida, ferro de engomar, pilão, moinho de moer milho, panelas de barro, alguidar, potes, peneiras, ralos, arupemas, gaiolas, cestos, balaios, cordas, chapéus, bolsas, em fim tudo que era necessário a época, aí surgiu a feira.
Depois ele saiu do local e se construiu o mercado. Nessa época Carnaubais ainda pertencia ao município de Assu, e provavelmente isso ocorreu no governo do Prefeito Costa Leitão.
Com o desenvolvimento do comercio, a feira foi ficando grande e nos domingos atraia gente de toda a região. O mercado posteriormente foi reformado. Ele também servia de ponto de abrigo nas épocas de cheias, pois era um local com calçada bastante alta.
Dele porem nada restou. Na administração do Prefeito Valdeci Medeiros de Moura, ele doou tudo, de todos os órgãos públicos, o povo destruiu levando telhas, tijolos, madeira, portas e em fim tudo que havia nesses prédios, e para limpar a área veio inclusive uma reto-escavadeira e levou quase todos os vestígios.
AS GRANDES CHEIAS
Segundo os mais antigos as cheias do Rio Açu sempre castigaram a região, e existe uma superstição, que a era de 4 sempre é de cheia ou de seca. A prova disso é que se registram grandes cheias do Rio Açu nos anos de 1824, 1834, 1874, 1924, 1974.
Em 1974 ocorreu a maior cheia do Rio Açu e foi a causa da transferência da cidade de Carnaubais para o local onde está, e muitos passaram a chamar inclusive de nova Carnaubais, a mesma foi transferida da antiga para a nova, e a causa foi quase quq totalmente levada pelas águas, dizimando rebanhos, plantações e derrubando casas. Este nome “Nova Carnaubais” não é muito aceito, apesar de a cidade ter sido toda construída e da velha só existem vestígios.
COMENTÁRIO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DA ANTIGA CARNAUBAIS PARA O ATUAL LOCAL E O FUTURO QUE DESPERTA.
A principal causa foi a inundação do dia 13 de abril de 1974. Vinte e dois dias inundada pela água. Seus habitantes foram levados para o tabuleiro, conduzidos em embarcações à vela, e ficaram nas terras altas. Ficou a população desabrigada e na esperança que as autoridades tomassem as providências necessárias, e assim passou quase dois anos vivendo em condições sub-humanas e de miséria total. Mas graças aos Governos Municipal, Estadual e Federal, à SUDENE e ao Canadá, que reunidos deram uma verba para construção de prédios educacionais e mercado público.
Hoje Carnaubais é uma bela panorâmica em cima de um plano, onde se observa toda a verdura do vale, mas sua população vive do desemprego ou sub-emprego, os jovens na ociosidade e muitas vezes desesperados por se sentirem inúteis vão levando a vida sem construírem os castelos desejados. Agora a cidade vive também sem saber o que será do seu futuro, e espera-se que o progresso chegue a cidade aproveitando suas potencialidades econômicas e turísticas.
EMANCIPAÇÃO
Em 1963, a Sra. Maria Olímpia Neves de Oliveira, elegeu-se Prefeita no município de Assu. Derrotando eleitoralmente o seu opositor, o Sr. Walter de Sá Leitão, que era apoiado pelo então Deputado Estadual Olavo Lacerda Montenegro. Inconformado com a derrota eleitoral e gozando de grande prestígio junto ao Governador Aluízio Alvez, Olavo conseguiu que a assembléia aprovasse a elevação da Vila do carnaubais a categoria de cidade.
Com esta aprovação, o deputado tinha três objetivos: primeiro: inviabilizar a administração da Prefeita Maria Olímpia, pois a grande arrecadação do Assu dependia da extração de sal retirado das salinas do Logradouro, pela firma Matarazo. Com a emancipação de Carnaubais, Assu perderia por completo essa receita; segundo: ter mais uma Prefeitura, que viesse a lhe dar sustentação política; terceiro: entrar para a história política de Carnaubais.
FIGURAS
JOÃO CORIOLANO DO NASCIMENTO , natural de Mossoró-RN, nascido a 17 de agosto de 1902 e faleceu em Carnaubais-RN, a 15 de agosto de 1988. Era filho de Mossoró, mas dedicou toda sua vida a Carnaubais, era o médico do povo, farmacêutico prático, tendo sua habilitação reconhecida pelo CRF-RN, viveu a maior parte de sua vida exercendo a profissão de farmacêutico e médico da cidade, fazendo verias funções na área médica como dentista, parteiro, ortopedista, pediatra, tudo. Toda a cidade via nele um homem carismático, caridoso, não tinha hora pra atender as pessoas, independente de classe social, situação política ou credo religioso.
Foi também líder político da UDN, ligado ao Dinartismo, exerceu também o cargo de delegado de polícia.
Na sua história conta-se que ele também lutou quando morava em Mossoró nas trincheiras de combate a Lampião quando este invadiu Mossoró. Nessa época João Coreolano servia o exercito em Mossoró pelo TG-07/188.
Era filho de Manoel Coreolano do Nascimento e Constância Maria da Conceição.
Casou-se pela primeira vez com Maria Diva do Nascimento e depois com Alice Pureza de Brito.
: JOSÉ MARCELINO DE SOUSA, conhecido popularmente por “ZÉ MARCELINO”, nascido a 30 de maio de 1904 e faleceu no dia 16 de maio de 1982. Era um conhecido boêmio da cidade de Carnaubais. Poeta, repentista e trovador. Era um dos maiores dançadores de coco, além de ter grande habilidade em dançar xote e valsa. Era uma das figuras mais alegres da cidade.
JOÃO INÁCIO DE OLIVEIRA , conhecido popularmente por “JOCA INÁCIO”, nascido a 14 de maio de 1894 e faleceu no dia 4 de maio de 1981, filho da Fazenda Veneza, Ipanguaçu, seus genitores foram Manoel Inácio de Oliveira e dona Disidéia da Fonseca Oliveira. Em 25/11/1925, casou-se com a senhora Maria Cândida Cavalcante de Oliveira. Juntos tiveram 15 filhos. No ano 1956, chegou em Carnaubais onde tornou-se proprietário de terra em Água Branca, e também foi um próspero comerciante instalado no mercado público da antiga Carnaubais. Foi, junto com sua esposa um dos comerciantes mais honestos e os eu comercio vendia cereais, bebidas, bijuterias e nas bebidas só vendia em grosso ou em doses de pinga ou a famosa zinebra.
ABEL ALBERTO DA FONSECA, nascido a 25 de março de 1887, nasceu no Panon Assu, Abel Alberto da Fonseca, filho de José Antônio da Fonseca. Em 1910 mudou-se para o povoado de Poço da Lavagem, onde iniciou suas atividades comerciais. No mesmo ano contraiu o matrimônio com a Sra. Júlia Câmara, natural de Ceará-Mirim. Tiveram apenas um filho, logo a jovem Júlia ficou enfraquecida o que a levou a óbito. Abel teve um caso com a jovem França Fernandes no qual resultou no surgimento de quatro filhos. Em 1916, Abel já viúvo, casou-se com Sra. Iracema Borja da Fonseca, juntos viveram até seus dias finais. Tiveram uma filha.
Viveram uma intensa vida social, política e econômica em nosso município, foi responsável por várias transformações em nosso meio como já frisamos antes.
Em 1951 mudou-se para a cidade de Assu, aonde veio a falecer no dia 17 de abril de 1959. Em memória temos a Escola Municipal de 1º Grau Abel Alberto da Fonseca e a principal avenida da nossa cidade.
VALDEMAR CAMPIELO MARÊSCO: De descendência italiana, nasceu em 11 de maio de 1922 em Piató – Assu – RN. Filho de Sr. Amaro Campielo Maresco e a Sra. Joana Martins Campielo. Casou-se com Sr. Idalice Bezerra Campielo. Juntos tiveram 19 filhos.
Foi trabalhador nas salinas do Logradouro, onde neste setor descobriu sua vocação de líder. Engajou-se no movimento sindical.
Foi delegado sindical do poderoso sindicato dos salineiros. Na extração do gesso em Logradouro, gerenciou todo seu período de exploração.
No ano de 1956 elegeu-se vereador pela primeira vez. Sendo reeleito em 1960 e também 1964. Conseguindo assim três mandatos consecutivos no legislativo. No ano de 1965, se candidatou a prefeito de Carnaubais pela UDN, tendo como candidato opositor o Sr. João Batista Lacerda Montenegro. Ganhou a eleição e governou Carnaubais até março de 1970. Suas principais obras foram: o mercado público e a energia elétrica do Logradouro; o mercado público e a energia elétrica de Porto do Mangue; a escola Abel Alberto da Fonseca; a sede da prefeitura e a câmara de vereadores; ampliou a energia elétrica da cidade.
Em 1973, consegue se eleger mais uma vez prefeito. Eleito pela ARENA I, disputou o pleito com o Sr. João Benevides Sobrinho.
Governou o município até o inicio de 1976. Nessa sua segunda administração aconteceu a grande cheia de 1974, a qual acabou com tudo que tínhamos. Em sua 2º administração foi dado início à construção da cidade na qual hoje habitamos.
Faleceu no dia 22 de fevereiro de 1984, vítima de um derrame cerebral. Encontra-se sepultado no cemitério do Logradouro. Em sua homenagem, a câmara de vereadores deu ao plenário das sessões o seu nome.
MARIANO BARBOSA DE FARIAS: Nasceu em 3 de novembro de 1896 em São Rafael– RN. Filho de Miguel Joaquim Barbosa e D. Josefa Aurora de Farias. Em 23 de junho de 1927, casou-se com a Sra. Ana Nery de Farias, o cerimonial foi realizado pelo Dr. Juiz da Comarca do Assu, Dr. Alberto Soares Amorim.
Em 6 de outubro de 1936 é nomeado tabelião público do povoado de Santa Luzia, o ato de nomeação foi assinado pelo governador Rafael Fernandes Pimenta e pelo secretário de justiça Oscar Homem de Siqueira. Ocupou o cargo de tabelião público por 29 anos, aposentando-se em 2 de julho de 1965. Como o cargo era vitalício deixou o cartório para seu filho Francisco Nery de Farias.
Faleceu em 13 de julho de 1981, de para cardíaca. Está sepultado no cemitério de São João Batista em Pendências. Em memória foi homenageado com o seu nome a Escola Municipal de 1º Grau da comunidade das casinhas como também deu o nome a uma de nossas ruas.
MANOEL CIRILO MANSO: Nasceu em 09 de julho de 1905 no sítio mutamba – Carnaubais – RN, filho de Manoel Cezário Moura e D. Joaquina Mariana da Conceição. Criou-se trabalhando na agricultura. Adquirindo pouco conhecimento escolar, porém herdou de seu pai um excelente comportamento moral e ético.
Em 24 de junho de 1936 casou-se com a Sra. Maria José Manso, juntos tiveram 13 filhos, no qual criaram apenas 6. Após o casamento o Sr. Manoel Cirilo, popularmente conhecido como Manoelzinho Amâncio, desenvolveu uma outra atividade, que o revelou na região do Vale do Assu, foi a de melhor ferreiro. Foi o primeiro construtor de moinhos e cata-ventos usados na época para irrigação.
Em 1962 comprou um caminhão Chevrolet ano 40, onde começou a servir a população carnaubaense fazendo a linha com passageiros para Assu, Macau e Porto do Mangue. Desenvolveu esta atividade com competência e prosperidade, melhorando cada vez mais o seu trabalho à nossa população. Em 1971 adquiriu o primeiro ônibus, que logo em segui registrou a primeira empresa de transporte de Carnaubais. A Empresa Manso.
Foi um homem de muita participação religiosa e de grande fé cristã.
Em 15 de junho de 1997, veio a falecer proveniente de um estreitamento no esôfago. Encontra-se sepultado no cemitério público de Carnaubais.
PADROEIRA
A história da fé do povo carnaubaense a sua padroeira SANTA LUZIA, segundo informações de pessoas mais antigas.
Segundo promessa, ou mesmo lenda, o Sr. ABEL ALBERTO DA FONSECA, grande proprietário de terras, comerciante, o maior colonizador dos primeiros tempos, por volta de 1906, um dos seus carnaubal estava pegando fogo, e não havia como controlar a queimada, então ele se lembrou de Santa Luzia, padroeira dos olhos, já que o olho da palha de carnaúba é o produto que dá a cera mais nobre, e ele pediu a Santa Luzia que não deixasse o incêndio matar todo o carnaubal, deixasse pelo menos os olhos que as carnaúbas revigorariam. Se isso acontecesse, ele traria uma imagem de Santa Luzia para o povoado de Poço da Lavagem e iria lutar para que ela se tornasse padroeira do lugar e o povoado se chamaria povoado de Santa Luzia. Aí aconteceu um milagre, em pouco tempo veio uma chuva e apagou o fogo.
Assim foi a origem da devoção a Santa Luzia, segundo algumas informações.
E já se iniciava também os festejos populares além dos religiosos a santa. A festa de Santa Luzia do dia 12 para o dia 13 era atração na região.
Seu Luiz de Lucas com 88 anos lembra que naquele tempo a festa durava o dia inteiro, eram erguidas barracas com palhas de coqueiro de onde os moradores e visitantes podiam beber o aloá de abacaxi, licores, apreciarem doces e guloseimas da região como suspiro, alfenim, raiva, cocorote, bolo de milho e de batata e cachaça.

As Lagoas têm sido afetadas pela Barragem Armando Ribeiro Gonsalves, que controla a água do Rio Açu impedindo a enchente deste e consequentemente secando as lagoas.
A Lagoa do Poré é o ponto extremo sul, servindo o seu meio de divisão entra Carnaubais e Assu.
ARTESANATO
Existe uma pequena produção dos produtos da palha, que produzem bolsas, cestos, esteiras, balaios.
Em escala menor ainda temos alguns artesãos que trabalham com madeira, barro, e búzios, porém a falta de incentivo e de mercado fez estas atividades serem pouco lucrativas.
FOLCLORE
O Folclore é o conjunto das tradições, lendas e crenças de um povo.
O modernismo da TV e outros meios de comunicação têm escanteado as tradições e manifestações populares do povo.
Poesia:Carnaubais
Já foste decantada em prosa e verso
Pelos cantadores de outrora,
Ao som tiritante de suas violas,
Seu povo, tradições e riquezas.
Sobrevive na memória da nova geração
Povoado simples e vila gloriosa,
Cidade hoje cheia de ufanismo,
Submersa muitas vezes pelo Piranhas,
Rio que ti deu tudo e muito levou,
Nas suas águas correm nossas mágoas,
Para transbordar no oceano em forma de esperança.
Majestosa e altaneira de princípios
Defensora dos mais nobres ideais,
Não foge a luta; porque é tenaz,
Pacata, herdeira de nossos ancestrais,
Beleza ética dos verdes carnaubais.
Continuas rica na hospitalidade de teus filhos,
Terra fértil de futuro promissor;
És admirada por uns, criticada por outros,
Não importa a razão nem o motivo,
O que me vale é enaltecer o teu valor.

30 – CEARA MIRIM
A história da povoação do Ceará Mirim está ligada aos índios Potiguares que viviam às margens do rio Pequeno depois chamado rio Ceará Mirim, que de maneira clandestina comercializavam o pau-brasil com os franceses e os espanhóis, recebendo em troca especiarias e, por último com os portugueses, seus colonizadores. O pau-brasil existente em quantidade na região era transportado através de um rudimentar sistema de navegação aproveitando as águas do rio Gramoré.
Os portugueses, juntamente com Antônio Felipe Camarão, o famoso índio Poty, que chefiava a tribo dos Potiguares tomaram a iniciativa no sentido de organizarem um povoamento. Fundaram um convento na aldeia do Guajiru, e numa área de terra concedida aos padres da Companhia de Jesus, construíram uma igreja, um prédio destinado a cadeia e a câmara municipal. Com o trabalho desenvolvido na organização do povoado, os padres conquistaram a estima dos índio de Guajiru.

Os índios estavam satisfeitos com os padres jesuítas, os colonizadores portugueses não, pois queriam as terras férteis do vale e para isso procuraram afastar do caminho a presença incômoda e ética dos jesuítas. Com o afastamento dos jesuítas, os colonizadores portugueses passaram a administrar sem a presença do elemento religioso e sem qualquer tipo de fiscalização. Uma Carta Régia do Marquês de Pombal proibiu sumariamente, sem qualquer motivo nem explicação, a participação de jesuítas na organização administrativa e de ensino do povoado. Com o afastamento dos jesuítas, os índios pressionados pelos colonizadores acabaram negociando suas terras com estranhos. Nessa época, chegaram os negros vindos da África, e com eles começava o trabalho cativo e formação dos engenhos de cana-de-açúcar, que vieram a comandar a economia e a história do vale do Ceará-Mirim. Nascia, assim, uma civilização própria com base nos senhores de engenho, conscientes do domínio econômico que exerciam, e de uma fidalguia poderosa e elegante. Era o final do século XIX, o vale prosperava e crescia com a produção canavieira.
Por algum tempo conservou-se um núcleo de ostentação e luxo. Surgiram os bailes aristocratas, as carruagens forradas com seda e as festas ricas e pomposas. Esses traços que marcaram uma Era caracterizaram, no tempo, a etapa patriarcal e escravocrata do açúcar.
Em 3 de setembro de 1759, o município foi criado oficialmente, através de alvará, e instalado em 3 de maio de 1760, na antiga aldeia de Guajiru, tendo por sede a vila de Extremoz. Em 18 de agosto de 1885, a sede foi transferida para a povoação de Boca da Mata e passou a chamar-se vila do Ceará-Mirim. A transferência para vila de Ceará-Mirim foi suspensa através da Lei n° 345, de 4 de setembro de 1856. Após dois anos foi novamente confirmada pela Lei n° 370, de 30 de julho de 1858. Em 9 de junho de 1882, através da Lei n° 837, Ceará-Mirim recebeu foros de cidade.
Distância de Natal :: 28 km
O município foi criado oficiallmente 3 de setembro de 1759, através de Alvará, e instalado a 3 de maio de 1760, na antiga Aldeia de Guajirá, tendo a sede a Vila de Extremoz. Em 18 de agosto de 1885, a sede foi transferida para a povoação de Boca da Mata, que passou a ser chamada de Vila de Ceará Mirim.
A transferência para a Vila de Ceará Mirim foi suspensa através da Lei nº 345, de 4 de setembro de 1856, mas dois anos depois foi novamente confirmada pela Lei nº 370, de 30 de julho de 1858. Ceará Mirim recebeu foros de cidade em 9 de julho de 1882. Pela Lei número 837
Desde sua criação, o múnicipio mudou de nomes algumas vezes, inicialmente le se chamava Boca da Mata, depois, com o tempo passou a se chamar Ceará-Mirim.
Ceará-Mirim é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte, localizado na microrregião de Macaíba. De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2005, sua população é de 68.856 habitantes. Área territorial de 740 km².
Forma, junto com os municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, a Região Metropolitana de Natal, criada através da Lei Complementar n° 152, de 16 de janeiro de 1997.

31– CERRO CORÁ
Localizado na microrregião da Serra de Santana. . Área territorial de 394 km².
Os índios Canindés e Janduís, os primeiros habitantes da localidade, começaram uma sublevação no final do século XVII, e uma expedição dirigiu-se à região com o objetivo de reprimir o levante. Mas os grupos de povoamento só chegaram à localidade com a fixação de colonizadores, apenas no século seguinte, dedicados à agricultura e à pecuária.
A primeira proprietária de terras na localidade foi Adriana de Holanda Vasconcelos, que no ano de 1764 recebeu duas Datas de Terras. Dona Adriana doou parte da serra que ficava em suas terras a Nossa Senhora Santana, surgindo o nome Serra de Santana.
Nos idos de 1886, o Major Lula Gomes, paraibano de Picuí, proprietário da localidade chamada de Barro Vermelho, fundou o povoado de Caraúbas, nome dado em referência à existência de carnaubeiras nas redondezas. Com o incentivo inicial de Lula Gomes, o povoado se desenvolveu com o importante trabalho de Manoel Salustino Gomes de Macedo, João Soares de Maria, João Pinto, Manoel Osório de Barros e Tomaz Pereira de Araujo, sendo que este ultimo desenvolveu a cidade até esta chegar a categoria de cidade.
A primeira residência que se tinha noticia era a de Gracindo Deitado, onde hoje existe uma loja de eletrodomésticos, na rua Sérvulo Pereira, centro. O primeiro nome do povoado foi Barro Vermelho, se assim dizia porque os vaqueiros que ali passavam ficavam com as roupas tingidas pelo barro daquela cor. Depois, o povoado se chamou Caraúbas, tendo passado a ser chamar Cerro Corá para não ser confundido com o municipio homônimo da região Oeste do Rio Grande do Norte.
Em homenagem ao último momento histórico da Guerra do Paraguai, o Presidente da Intendência de Currais Novos, João Alfredo Galvão, o Joca Pires, no ano de 1922, mudou o nome do povoado para Cerro Corá, passando a distrito do município de Currais Novos em 1938, pelo Decreto número 603.
No dia 11 de dezembro de 1953, através da Lei número 1.031, desmembrado de Currais Novos, o distrito de Cerro Corá passou à categoria de município do Rio Grande do Norte. O então deputado estadual Cortez Pereira foi o autor do projeto de lei de emancipação política do município, depois sancionada pelo então governador Silvio Pedroza.
Prefeitos municipais: Sérvulo Pereira de Araújo, Benvenuto Pereira de Araújo, José Walter Olímpio, Manoel Antunes, José Julião Neto, Virgilio Tavares, Francisco Pereira de Araújo, João Batista de Melo Filho, José Amaro, Raimundo Soares de Brito, Clidenor Pereira de Araújo Filho.
João Batista de Melo Filho está no exercício do quarto mandato, enquanto Sérvulo Pereira exerceu dois mandatos. José Julião Neto exerceu o cargo por sete meses, em 1971, em decorrência do afastamento de Manoel Antunes, de quem era vice. Virgilio Tavares foi nomeado interventor, a fim de evitar que Manoel Antunes voltasse a ocupar o cargo. Coisas da ditadura militar, que não efetivou o vice-prefeito eleito constitucionalmente. José Walter Olímpio também era vice-prefeito e assumiu o cargo em face da morte, no exercício do mandato, do prefeito Benvenuto Pereira. Clidenor Filho,neto de Tomaz Pereira, trouxe para a cidade um grande desenvolvimento, herdando do avô, a veia politica.
Cerro Corá tem um potencial ainda não descoberto para o turismo, com um clima bastante frio e paisagens bonitas, serve de nascente para o rio mais importante do estado, o rio Potengi. Todo mês de Maio, é realizado um grande festival cultural, o "Festival de inverno", onde este reverencia o que a cidade tem de mais atraente: o frio da serra.


32 – CORONEL EZEQUIEL
Localizado na microrregião da Borborema Potiguar. A área territorial é de 203 km².
Em Coronel Ezequiel existem 1.334 domicílios permanentes, sendo 346 ligados à rede geral de água, 336 abastecidos por poço ou nascente e 652 por outras fontes. Apenas 43 domicílios são ligados à rede geral de esgotos. As principais atividades econômicas são a agropecuária, o extrativismo e o comércio. Com relação à infra-estrutura, o município possui uma agência bancária, uma agência dos Correios, uma estação repetidora de TV, 1 jornal em circulação e 18 empresas com CNPJ atuantes no comércio varejista. No ranking de desenvolvimento, Coronel Ezequiel está em 130º lugar no estado (130/167 municípios) e em 4.651º lugar no Brasil, de um total de 5.561 municípios.
O novo nome do município deve-se a uma homenagem ao coronel Ezequiel Mergelino de Sousa (1866–1953), nascido em Araruna, Paraíba, que viveu durante muito tempo na localidade de Melão, tendo participado efetivamente do desenvolvimento da comunidade. Presidiu a intendência municipal de Santa Cruz de 1911 a 1913, e de 1920 a 1922; foi deputado estadual em muitas legislaturas e na Constituinte em 1915. Segundo o censo realizado no ano 2000, os habitantes estão assim divididos: 2.737 são do sexo masculino (50,60%) e 2.672 do sexo feminino (49,40%), sendo que 2.212 vivem na área urbana (40,90%) e 3.197 na área rural (59,10%). A densidade demográfica é de 26,66 hab/km².
Da população total, 61,90% é de alfabetizados.
HISTÓRIA
Em 1808, José Joaquim da Silva, possuidor de uma fazenda de gado conhecida por Riacho de Melão fundou a povoação de Melão. Em 1856, a peste grande, conhecida como cólera-morbo, começava a assolar a região. Os moradores de Melão, depois de cinco anos de sofrimento e doença, decidiram apelar para a fé e ergueram em 1861 uma capela, na esperança de dias melhores. O povoado foi crescendo e por conta disso, a capela foi demolida e construída em outro lugar, para dar acesso ao desenvolvimento. Surgiram armazéns para guardar algodão, apareceram várias casas, comércios e em 1925 já existia o alinhamento de três ruas.
O povoado de Melão tornou-se distrito de Santa Cruz em outubro de 1938, passando a se chamar oficialmente de Jericó. Cinco anos depois, em dezembro de 1943, o distrito retornou ao seu nome inicial, Melão. Em 11 de dezembro de 1953, por força da Lei nº. 1.029, Coronel Ezequiel conquistou a sua emancipação política, desmembrando-se de Santa Cruz. O município foi instalado em 11 de dezembro de 1954, ocasião em que tomou posse o primeiro prefeito, nomeado pelo governador do estado.

33– CORONEL JOÃO PESSOA
lLcalizado na microrregião da Serra de São Miguel. Área territorial de 117 km².
Na metade do século XVIII, numa área localizada entre as serras e a margem do rio São Gonçalo, chagavam posseiros do vizinho Estado do Ceará, através da Chapada do Apodi, dando início a formação do pequeno povoamento do Baixio Nazaré, no município de São Miguel, mais precisamente na Tromba do Elefante.
Baixio é o nome dado a vazante natural que fica entre os chamados aclives serranos, tem articulação climática que favorece boas plantações, apresenta terra rica em umidade devido as infiltrações das águas decorrentes do inverno, que ficam retidas pela estratégica posição da localidade. Talvez por causa destes fatores tenha surgido a vocação no Baixio de Nazaré para a produção agrícola e o interesse dos posseiros pela exploração da região.
O grande animador da região o Sr. João Pessoa de Albuquerque, natural de São Miguel, tornou-se líder do povoado. Destacou-se como agricultor e negociante, fez carreira na vida pública onde alcançou ampla popularidade. O título de Coronel da Guarda Municipal foi conferido como cortesia pelo seu destaque no povoado. De 1911 a 1913 João Pessoa foi Presidente da Intendência, deputado nas Constituintes de 1915 a 1926 e coordenou a defesa local contra a invasão da coluna revolucionária em 1926.

Em Natal, cinqüenta famílias no inicio da cerimônia — cerca de 200 pessoas — formam a "comunidade marrana". São famílias cujos ancestrais eram cristãos-novos e que, nas últimas gerações, retornaram à fé judaica. As famílias se reúnem uma vez por semana na sinagoga do Centro Israelita do Rio Grande do Norte, que foi fundado, em 1929, pela família Palatnik e reinangurado, em 1979, pelo ex-pastor presbiteriano e lider espiritual João Dias Medeiros.
Às sextas-feiras à noite, é celebrado o cabalat-shabat, a cerimônia religiosa que marca o início do dia sagrado para os judeus. Não há rabino. Um orador entoa as orações cantadas e seguidas pelos freqüentadores por meio de um livro (sidur) doado pela Congregação Israelita Paulista (CIP). No início da cerimônia, velas são acesas e, no final, é feita a bênção do vinho e a repartição da chalá (pronuncia-se ralá), o pão de tranças. Mulheres e homens cobrem as cabeças. A cerimônia é um rito judaico. "Nós também celebramos as festas tradicionais, como o Yom Kipur (Dia do Perdão), Rosh Hashaná (Ano Novo), Pessach (Páscoa), Purim e Shavuot", afirma Éder Barosh. Seu sobrenome original era Barros.
Os integrantes da comunidade natalense também seguem a dieta Kasher, que prevê a separação entre as refeições de leite e carne. Uma ala israelita no Cemitério do Alecrim demarca a presença judaica em Natal.


Através da Lei nº 3.005, de 19 de dezembro de 1963, Baixio de Nazaré desmembrou-se de São Miguel e tornou-se município com o nome de Coronel João Pessoa.

34 – CRUZETA
Expulsos pelos colonizadores do vizinho Estado da Paraíba, os índios Cariris partiram rumo ao Seridó no Rio Grande do Norte, onde se fixaram. A caçada aos índios continuou, e nas últimas décadas do século XVII, os Cariris foram expulsos da região abrindo perspectiva para a colonização das terras na região. Na localidade chamada Cruzeta, devido ao cruzamento dos rios Salgado, Quimporó e do riacho do Meio, Joaquim José de Medeiros era proprietário da Fazenda Remédio. Segundo historiadores ao doar parte de sua fazenda à igreja, deu origem ao povoado. Mas, a fundação da cidade, pertencente ao município de Acari, aconteceu em 24 de outubro de 1920, quando houve a primeira feira e a celebração da missa pioneira. No dia 18 de agosto de 1937, o povoado Cruzeta passou à condição de distrito de Acari e em 24 de novembro de 1953, pela Lei nº 915, tornou-se município do Rio Grande do Norte.

35 – C. NOVOS
Inicialmente habitada por índios Cariris, o município de Currais Novos tem sua origem ligada ao período conhecido como Ciclo do Gado, no século XVIII.
No ano de 1755, o Coronel Cipriano Lopes Galvão, vindo de Igarassu, PE, onde casara com dona Adriana de Holanda e Vasconcelos, fixou residência na “data do Totoró”, estendendo pela região do “São Bento” uma fazenda de gado. Na bifurcação dos rios Totoró e Maxinaré, confluência de vaqueiros, construiu, em 1760, uma casa e três “novos currais”, de pau-a-pique com troncos de aroeira, usados para o gerenciamento da criação, compra e venda do gado.
O Coronel Cipriano Lopes Galvão morreu em 1764, deixando seis filhos.
O primeiro de seus filhos, o Capitão-Mór Cipriano Lopes Galvão (nascido em 1753), proprietário do Sítio São Bento, a pedido do pai, constrói uma capela em honra a Sant’ Ana, custeando e doando “meia légua de terra”, na ponta da Serra do Catunda, para patrimônio da santa. Em 1808, devido ao desenvolvimento agropecuário, já havia outras famílias de colonizadores fixados na região, constituindo um povoado. Assim, em 26 de julho de 1808, concluída a capela, realizou-se a primeira procissão com a imagem de Sant’ Ana (trazida do Recife), levada pelo Capitão-Mór, sua família, criados e amigos, do Totoró até a capela.
Tendo crescido a população do povoado, a Capela original já não comportava seus fiéis, por isso, em outubro de 1889, inicia-se a sua demolição para a construção de uma igreja – hoje Matriz de Sant’ Ana.
Currais Novos foi Distrito de Paz do município de Acari até o ano de 1890, quando, em 15 de outubro, foi elevado à condição de município autônomo e sua sede, à categoria de vila – sendo instalado a 6 de fevereiro de 1891. Em 29 de novembro de 1920, a vila é elevada à categoria de cidade.
Quanto a sua denominação, deu-se que os famosos “currais novos”, construídos pelo Capitão-Mór Galvão, tornaram-se símbolos do desenvolvimento pastoril da região, passando a designar, com o tempo, a fazenda, a capela, o povoado, a vila, e, conseqüentemente, o próprio município.
Os currais que deram nome ao município funcionaram até 1790, também com feiras de gado e vaquejadas – disputas de corridas entre vaqueiros, o divertimento rural dos finais de semana. Após a morte do Capitão-Mór Galvão, as disputas passaram a ocorrer no Sítio São Bento, onde se construiu, em 1830, um pátio de vaquejada. Com o passar do tempo, a vaquejada torna-se uma tradição para o município, atraindo sempre, até a atualidade, inúmeros participantes e visitantes.
ORIGENS
A cidade de Currais Novos foi colonizada inicialmente por Criadores de Gado, dentre os quais o mais importante foi Cipriano Lopes Galvão, nomeado Coronel do Regimento de Cavalaria da Ribeira do Seridó pelo então governador Pedro de Albuquerque Melo, e agricultores que têm em sua origem cristãos-novos vindos dos Açores e de Portugal continental.
Cipriano Lopes Galvão veio de Igaraçu- PE com sua esposa Adriana de Holanda e Vasconcelos no ano de 1754 para a região do Totoró. No local, fixou residência e fundou uma fazenda de gado. Quando requereu as terras em 1754, cujo requerimento consta no livro número 5 de Sesmarias do Rio Grande do Norte, já morava no local há anos e tinha seu rebanho bovino com os devidos empregados, chamados de vaqueiros. É certo que sua sesmaria abrangia desde a bifurcação emtre os rios Totoró e Maxinaré até a região do Rio São Bento.
Na época, não existia o município de Acari nem o de Vila do Príncipe (atual Caicó) e toda a região, então denominada Ribeira do seridó, pertencia à Paraíba.
Aproveitando as boas pastagens que o Rio São Bento oferecia, o gado de seu rebanho se deslocava até aí para se alimentar e beber, fato que dificultava o trabalho dos seus empregados. Observando tal dificuldade, resolveu construir currais de pau-a-pique, com troncos de aroeira, nos quais tirava- se o leite das vacas, adestrava- se os bezerros e marcava- se o restante do gado com o método do ferro moldado e aquecido no fogo. Contavam com uma infra- estrutura para a troca e comercialização, bem como para a hospedagem dos parceiros comerciais. A partir destes, casas começaram a ser construídas e vários outros fazendeiros passaram a requerer terras nas circunvizinhanças para aproveitar a proximidade com a emergente feira de gado.
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO NOME
Com o crescimento da feira de gado, o Coronel Cipriano resolveu desmembrar o espaço de suas terras, dando- lhe o nome de Fazenda Bela Vista. Após sua morte em 1764, seu filho, o Capitão- Mor Cipriano Lopes Galvão Filho, assumiu os negócios, reformou os currais e investiu cada vez mais no comércio do gado. Bela Vista foi ficando casa vez mais movimentada, já que era ponto de encontro comercial de várias partes do estado. Todos os tropeiros e viajantes marcavam suas reuniões nos "Currais Novos do Capitão", nome pelo qual o crescente povoado passou a ser designado.
A partir de 1813, com a morte do seu dono, mudou- se o nome definitivamente para povoado Currais Novos, nome que persiste até os nossos dias, a preferência pelo nome "Currais Novos" fundamenta-se na troca feita pelos moradores,isto é, as pessoas que residiam próximo aos currais velhos existentes no povoado passaram a residir perto dos novos currais.
DA PROMESSA SURGE A CIDADE

Imagem de Santa Ana comprada pelo Coronel Cipriano Lopes Galvão para ser colocada no altar-mor na Capela, construída em 1808
No ano de 1755, houve uma grande seca. O Coronel Cipriano Lopes Galvão viu- se muito aflito com a inexistência de água para seu rebanho.
Celestino Alves, em Retoques da História de Currais Novos, nos cita: O Capitão fez uma promessa: se Deus fosse servido para que chovesse e enchesse as cacimbas para escapar o gado, ele erigiria uma capela em homenagem à gloriosa Senhora Santa Ana na sua fazenda. Tal promessa foi feita em 26 de julho, dia em que a água acabou totalmente. Na mesma noite , choveu e os rios e cacimbas encheram, formando um novo poço próximo aos currais, ao qual chamou de Poço de Sant'Ana.
Em 1808, a dita promessa foi cumprida com a construção da capela pelo Capitão-Mor Cipriano Lopes Galvão, que teve sua autorização outorgada pelo Bispo de Olinda em 24 de fevereiro de 1808, tendo o lançamento da pedra fundamental ocorrido em 26 de julho do mesmo ano pelo padre Francisco Brito Guerra. A doação de meia légua de terras na ponta da Serra do Catunda está registrada em escritura lavrada em 5 de janeiro de 1808.
A partir daí começou a construção acelerada de casas ao redor do templo e surgiu o início da construção da atual zona urbana.
Povoado, distrito e município emancipado
Depois da morte do idealizador da capela em 13 de dezembro de 1813, o Capitão Gonsalo Lopes Galvão ficou na chefia das terras e do povoado. Organizou a construção das casas obedecendo o alinhamento de ruas, construiu a primeira casa paroquial e a primeira escola (só para meninos, como era de costume), além de outras obras de urbanização.
Durante o reinado de Dom Pedro II, a povoação foi instituída Distrito de paz, através da resolução provincial nº 301 de 6 de setembro de 1854.
O Distrito pertenceu ao município de Vila do Príncipe (Caicó) de 31 de julho de 1788 a 11 de abril de 1833, quando passou a pertencer ao município de Acari.
O Múnicípio foi criado em 15 de outubro de 1890 pelo decreto nº 59, do então governador provisório Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, com instalação em Sessão Solene realizada no dia 26 de fevereiro de 1891 pelo então presidente da Intendência acariense, O Capitão Cipriano Bezerra de Santa Rosa. Mas a emancipação política só veio ocorrer em 1920, com a elevação do distrito a cidade.
GEOGRAFIA
CLIMA
Tipo: clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono.
Precipitação Pluviométrica Anual: normal: 500 mm observada: 615,1 mm
desvio: 4,6 mm
Período Chuvoso: fevereiro a abril
Temperaturas Médias Anuais: máxima: 33,0 °C
média: 27,5 °C
mínima: 18,0 °C
Umidade Relativa Média Anual: 64%
Horas de Insolação: 2.400
RELEVO
De 200 a 400 metros de altitude.
Serras: do Chapéu, Vermelha, do Piauí, do Doutor e de São João.
Planalto da Borborema - terrenos antigos formados pelas rochas Pré-Cambrianas como o granito, que se estende pelo Estado, onde encontram-se as serras e os picos mais altos.
VEGETAÇÃO
A caatinga subdesértica do Seridó é a vegetação mais seca do estado, com arbustos e árvores ralas e de xeroftismo mais acentuado. Este tipo de vegetação tem diversas espécies, das quais as mais encontradas em Currais Novos: pereiro, faveleiro, facheiro, caatingueira, marmeleiro, jatobá, macambira, mandacaru, xique- xique e jurema- preta.
Segundo o Plano Nacional de Combate à Desertificação (PNCD), que define desertificação como a degradação de terras nas zonas áridas, semi- áridas e sub- úmidas, resultante de fatores diversos tais como as variações climáticas e as atividades humanas, Currais Novos está inserido em uma área susceptível em categoria muito grave.
FORMAÇÃO
Caatinga Hiperxerófila - vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactácea e plantas de
porte mais baixo e espalhadas.
Caatinga Subdesértica do Seridó - vegetação mais seca do Estado, com arbustos e árvores baixas, ralas e de xerofitismo mais acentuado.
Hidrografia e recursos hídricos
ÁGUAS SUPERFICIAIS
O município encontra-se totalmente inserido nos domínios da bacia hidrográfica Piranhas-Açu, sendo banhado pelas sub-bacias dos rios Currais Novos, Picuí e Acauã.
Todos os cursos d’ água têm regime intermitente e os principais tributários são: a Norte, os riachos do Olho d’ Água, Salgadinho, do Namorado, do Feijão, do Mofumbo, da Umburana, do Saquinho, Salgado, Barro Branco, da Barragem, Pau Branco, dos Angicos, Catunda, São Miguel, da Onça, do Meio, das Areias, das Queimadas, Pitombeira, Pai Mané, São Miguel, do Umbu, da Rudia, do Angico, da Quixabinha e Ligação; na Porção Central: os riachos da Roça, Solidão, Suçuarana, Pau-do-Leite, do Facheiro, Maniçoba, da Cruz, do Cipó, do Açude, do Mulunguzinho e do Bonifácio; a Sul, os Rios Acauã, Molungu e Picuí além dos riachos: da Colher, Boa Vista, da Mochila, Gavião, Quinturerê, Saco do Umbu, do Cachorro, Boca da Laje; a leste, o Rio Mulungu e os riachos Poço da Serra, Bonifácio, das Baraúnas, do Mosquito, Pau-Ferro, dos Freires, Tanque Grande e Pedra Branca; a Oeste, os riachos das Ovelhas, da Roça, do Saco, Malhada Comprida, dos Molambos, Serrote do Chumbo, do Saquinho, Manoel Cosmo, Lagoinha e Macaco.
Os corpos de acumulação de água no município são os açudes: Barra do Catunda (2.240.000m3), do Pico ou Totoró (3.941.000m3), Dourado (10.322.000m3), Pedra Branca, Gangorra ou Úrsula Medeiros (2.682.000m3), Alívio, Feijão (796.312m3), Desembargador Salustino, São Roque, Furna da Onça, Público de Currais Novos (3.815.000m3), Riacho Fechado II, Mocotó, Saco dos Veados e Barra Verde. O padrão de drenagem é do tipo dendrítico e todos os cursos d’ água têm regime intermitente.
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Está inserido no Domínio Hidrogeológico Intersticial e no Domínio Hidrogeológico Fissural. O Domínio Intersticial é composto de rochas sedimentares da Formação Serra dos Martins. O Domínio Fissural é constituído de rochas do embasamento cristalino que englobam o sub-domínio rochas metamórficas constituído da Formação Seridó, Formação Jucurutu e da Formação Equador e o sub-domínio rochas ígneas constituído dos Granitóides, Suíte Poço da Cruz, Suíte calcialcalina Itaporanga, Suíte calcialcalina Conceição e da Suíte M áfica.
ECONOMIA
A cidade cresceu e desenvolveu-se através da criação de gado bovino e teve toda a sua história atrelada a ciclos econômicos bem definidos, sendo o primeiro o ciclo do gado, sucedido pelo ciclo do algodão e depois pelo ciclo da mineração, liderado pela Mina Brejuí, que teve um declínio na década de 90 e retoma as suas atividades agora no ano de 2006, voltando a ser um dos maiores exportadores de scheelita do mundo e gerando 200 empregos diretos, com perspectiva de expansão do setor, ligado, também, ao turismo, desenvolvido nos túneis inativos, nas trilhas e no Memorial Tomás Salustino, museu que conta a história da família de mesmo nome e dos tempos áureos da mineração.O artesanato mineral está em alta e contribui em muito para a divulgação da cidade nacionalmente e internacionalmente.
A pecuária é extensiva, envolvendo, principalmente, a criação de suínos, bovinos, eqüinos, asininos, muares, ovinos, caprinos e coelhos (ainda inexpressiva). A produção de leite bovino e caprino vem se destacando e é uma das maiores regiões produtoras do Seridó.
A agricultura também segue o regime extensivo, muitas vezes de subsistência, envolvendo a policultura. Destaca- se, na horticultura, a produção de coentro, tomate, alface e pimentão. Apresenta limitações muito fortes no uso agrícola, principalmente pela falta d'água, erosão e pelos impedimentos do uso de maquinários, em decorrência do solo pedregoso, rochoso e meio acidentado.
Destaca-se ainda a pesca, a extração vegetal e mineral (principalmente de sheelita) e a silvicultura.
O pólo turístico está em formação, com a abertura de novos hotéis e pousadas e a divulgação emprendida pela Prefeitura Municipal e outros setores nas diversas áreas do país.
Em 2002, conforme estimativas do IBGE, o PIB era de R$ 96,208 milhões e o PIB [Pecuária
INFRA- ESTRUTURA
SAÚDE
Há o Hospital Doutor Mariano Coelho (ou Padre João Maria), Maternidade Ananília Regina, Pronto Atendimento da UNIMED, 7 postos de saúde, 5 clínicas particulares (com diversas especialidades) e 3 laboratórios de análises clínicas.
EDUCAÇÃO
Há 14 escolas municipais, 1 centro de reabilitação, 7 escolas estaduais, 5 escolas particulares, 2 cursinhos pré- vestibulares, 1 unidade de ensino do CEFET/RN ,1 campus da UFRN que dispõe os cursos presenciais de Administração, Letras e Turismo, e Matemática, Física e Química com ensino à distância; além de 3 universidades particulares.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Há 2 rádio- emissoras FM e 2 AM, 4 canais locais de televisão (Canal 4 da Sidy's TV a Cabo, TV Cristo Rei, TV Câmara e TV COM), sistema local de TV a Cabo por assinatura a Sidy's Tv a Cabo, dispondo também do serviço de Internet a Cabo, 2 concessionárias de sinal de Internet a Rádio, 1 concessionária de serviço de internet a Cabo e várias LAN Houses's e vídeo- locadoras.A FM A Sertaneja foi a primeira a ser instalada no interior do Rio Grande do Norte, como também, a TC CURRAIS NOVOS é a pioneira potiguar
Dentre os projetos do Plano de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação, executado pelo INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, na Região Nordeste, Estado do Rio Grande do Norte, as Escolas Públicas Urbanas estabelecidas no Município de Currais Novos obtiveram os seguintes IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), em 2005:
ESPORTES
ATLETISMO
A cidade de Currais Novos foi o berço de alguns grandes nomes no atletismo brasileiro, revelando nomes que hoje são destaque no cenário internacional: o medalhista panamericano e olímpico, Vicente Lenílson; Magnólia Figueiredo, que foi a 3 olimpiades defendendo o nosso município, onde morou por muito tempo. Currais Novos é um dos maiores celeiros de atletas do Norte e Nordeste dentre os vários atletas que hoje atuam no Sul do país.
FUTEBOL
A cidade possuí um clube de futebol profissional, a Associação Cultural e Desportiva Potyguar Seridoense. O clube foi Campeão Potiguar pela 2ª Divisão em 2007 e atualmente disputa o Campeonato Potiguar, fazendo uma excelente campanha, o qual venceu o América em pleno Frasqueirão, em Natal, pelo placar de 4xl, jogo realizado no dia 11 de março de 2009, cuja data ficará na história do futebol curraisnovense. A cidade dispões de um regular estádiuo, trata-se do Coronel José BEZERRA, O “BEZERRÃO”
Há diversos clubes de futebol amador na cidade, que disputam algumas ligas organizadas entre si, por exemplo, O Matutão, torneio amador realizado anualmente.
RELIGIÃO

Fruto de várias contribuições de fiéis, inclusive alemães, é uma igreja de estrutura moderna em forma de círculo na qual os participantes parecem estar em um campo de futebol. De qualquer ângulo em que se esteja é possível ver o celebrante.
O altar, formado por uma parede revestida de mármore branco-cinza, tem com detaques: ao centro, um crucifixo; do lado direito, a imagem da Imaculada Conceição, padroeira do templo e do lado esquerdo, o sacrário. As imagens foram esculpidas pela artesã Luzia Dantas e pintadas no ano de 2004, com inspiração no estilo barroco.
Há uma clarabóia no centro do teto com desenhos em mosaico de vidro colorido e uma pequena gruta dedicada a Nossa Senhora do Carmo, instaladas na administração do Padre Sandoval Matias da Silva.
Anexos ao prédio da Matriz há uma casa e um escritório paroquial. Na parte externa do santuário, ao lado da porta principal, vemos um painel pintado a óleo sobre azulejo, retratando a Imaculada Conceição, padroeira da paróquia.
Na frente, há o espaço Cultural Monsenhor Ausônio de Araujo Filho, espaço construído na administração do prefeito Geraldo Gomes de Oliveira. Neste local acontecem diversas reuniões e apresentações culturais, dentre elas a representação da paixão de Cristo, que ocorre anualmente e é realizada por um grupo de jovens chamado ONHOSEM Cristo.

Capela dedicada à virgem e mártir Santa Maria Goretti, localizada em Currais Novos-RN-Brasil.
Construída com recursos da própria comunidade curraisnovense, sua construção iniciou-se em meados de 1951 e a inauguração se deu solenemente na 1ª Festa de Santa Maria Goretti, no período de 3 a 6 de julho de 1952.
Foi um projeto ousado para as condições de então, liderado pelo Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, pároco da Paróquia de Santa Ana de Currais Novos. O mesmo havia participado, no Vaticano, da solene canonização da virgem. Admirado com seu exemplo de vida, resolveu trazer a devoção para sua cidade, construindo este que é o primeiro templo, em terras americanas, dedicado à santa. O altar-mor tem a honra de possuir uma relíquia da santa.


36 – DR. SEVERIANO
Em meados do século XVIII, surgiram os primeiros sinais de povoação numa localidade que chamou-se Mundo Novo e os primeiros proprietários de suas terras foram Caetano de Barros e Domingos Lopes Barbalho.
A região que vivia da agricultura teve desenvolvimento lento. Gradativamente, surgiram sinais de crescimento no pequeno povoado, segundo o historiador Anfilóquio Câmara, até que formasse realmente um povoado. Mesmo de maneira gradual, Mundo Novo, na época, apresentava razoável movimento econômico e social, resultado das atividades agrícolas alí desenvolvidas.
Pela Lei nº 2.784, Mundo Novo desmembrou-se de São Miguel no dia 10 de maio de 1962, tornou-se município e passou a chamar-se Doutor Severiano em homenagem a Francisco Severiano de Figueiredo Sobrinho, um caicoense que batalhou pelo desenvolvimento da região. Na vida pública Doutor Severiano atuou como Juiz Municipal de São Miguel, como Deputado nos anos de 1935 e 1948, foi Prefeito e Consultor Jurídico da Prefeitura.
Distância de Natal :: 426 km

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