163 – VÁRZEA
Várzea e está localizada na região do Agreste Potiguar. Área territorial é de, aproximadamente, 67,3 km².
A população do município, segundo o Censo de 2007, realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística Geográfica – IBGE, é de 5.276 habitantes, depois da separação populacional resultante da criação (e instalação) do Município de Jundiá. Depois desse censo, não houve nenhuma outra contagem oficial da população no Município de Várzea. No entanto, vários órgãos públicos fazem estimativa da população atual, dentre eles, destacamos o próprio IBGE, que, nos anos seguintes, após o Censo, realizou estimativas oficiais. Isso aconteceu para que o Governo Federal desse direcionamento aos recursos reservados para os municípios. Ele estabeleceu critérios técnicos para implantação de programas voltados à população. Por exemplo: O PSF – Programa de Saúde da Família, que tem como critério, o número mínimo de 4500 habitantes para atendimento por equipes. Em Várzea, temos duas equipes do PSF, pois, como pôde-se ver, a nossa população é superior a 4500 habitantes.
O IBGE divulgou, em 8 de junho de 2007, estimativas populacionais de todo o Brasil. Esses dados, como bem ressalva o IBGE, devem ser usados somente em casos de extrema necessidade, apesar de serem divulgadas no Diário Oficial da União. Para o Município de Várzea, por exemplo, a população estimada foi de 5,276 habitantes, tomando como base o mês de maio/2007 em relação ao último Censo realizado em 2006. Tivemos, conseqüentemente, uma redução na população de aproximadamente 3,2%. Estes são os dados oficiais divulgados pelo referido instituto sobre o Nosso Município. Se é a realidade ou não, só a realização do próximo Censo irá esclarecer.
HISTÓRIA
Em terras banhadas pelo Rio Jacu e pelo Riacho Várzea, começaram a surgir, no final do século XIX, os primeiros sinais de um povoamento. Agricultores motivados pelo crescimentos das atividades agrícolas e pecuárias no município-sede de Goianinha, decidiram buscar novas terras para o trabalho. Essa busca por novos territórios chegou à região situada nas proximidades do Riacho Várzea, no início do século XX, dando início à exploração da área com a instalação de sítios, fazendas e moradias.
Era o início da comunidade de Várzea, fundada por Ângelo Bezerra, nascendo forte, impulsionada pela prosperidade na agricultura e pelo bom desempenho na pecuária. Durante toda a primeira metade do presente século, o povoado, pertencente ao município de Goianinha, manteve um crescimento gradativo, baseado nas atividades do campo.
Em 20 de dezembro de 1959, pela Lei número 2.586, Várzea desmembrou-se de Goianinha, tornando-se município do Rio Grande do Norte.
O município de Várzea está localizado na Região Agreste do estado, a 84 quilômetros de distância da capital, com uma área de aproximadamente 67,3 km², onde nele residem 5.276 habitantes.
No aspecto cultural, Várzea dispõe do reforço da Biblioteca Pública Ângelo Bezerra, com um grande acervo de livros à disposição da comunidade. O artesanato local é voltado para a fabricação de bolsas e esteiras de agave.
As vaquejadas de Várzea são famosas em todo o estado, sempre congregando, no Parque Municipal São Pedro, uma vasta quantidade de praticantes vindos de vários estados do Brasil.
As manifestações populares de Bumba-meu-boi e Pastoril continuam presentes na vida da cidade, principalmente, no mês de agosto, quando é realizada a Semana da Cultura do município que, geralmente, ocorre na última semana do citado mês e reúne uma extensa programação cultural e esportiva. Convém ressaltar que tal festa dispõe de uma considerável estrutura montada (palco, som, luzes), na qual ocorrem diversas apresentações culturais, inclusive vindas de outros estados. Essa é uma das épocas em que a cidade mais recebe visitantes, o que a fez ser considerada, pela Fundação José Augusto, Capital da Cultura Potiguar.
No dia 29 de junho acontece a grande festa de São Pedro, padroeiro do município, com a realização de grandiosos eventos populares e uma intensa programação religiosa.
LEI DE CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO
No dia 29 de dezembro de 1959, o Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Norte trazia em sua oitava página a Lei Nº 2.586. De acordo com a Lei, defendida pelos Dep. João Aureliano de Lima e José Vasconcelos da Rocha na Assembléia Legislativa do Estado, estava criado o município de Várzea, desmembrando-se politicamente do município de Goianinha. O Texto a seguir é a íntegra da Ata da Instalação do Município de Várzea (Transcrita do documento original arquivado na Prefeitura Municipal):
"Aos treze dias do mês de janeiro do ano de mil novecentos e sessenta, no edifício provisório da Prefeitura Municipal, foi realizada a sessão solene de instalação do município de Várzea, criado por decreto nº 2586 de 20 de dezembro de 1959, a qual contou com a presença do Deputado Estadual José Rocha, do Exmº Sr. Adauto Ferreira da Rocha – Prefeito de Arês, do Pe. Armando de Paiva, Vigário da Paróquia de Goianinha e grande número de pessoas da localidade. Às 16:30 horas, teve início a sessão, falando o Deputado José Rocha, parabenizando o povo do município recém-criado, pela grande vitória obtida. Vários oradores foram ouvidos compartilhando do (....) acontecimento. Logo após, foi empossado do cargo de Prefeito do Município de Várzea o Exmº Sr. Pasqualino Gomes Teixeira, nomeado pelo decreto do Exmº Sr. Governador do Estado, de 29 de Dezembro de 1959. E para constar, eu Pedro Marinho Bezerra, lavrei a presente ata que vai por mim, secretário ad-hoc, assinada, autoridades e demais pessoas presentes. Várzea-RN, 13 de janeiro de 1960."
Foto aérea (vista do Bairro Novo e Estádio Municipal João Aureliano de Lima, à esquerda)
PRIMEIROS MORADORES
Apesar de ter passado a condição de município apenas em 1959, Várzea já existia desde o século passado na condição de vila, pertencente ao município de Goianinha. Seus primeiros moradores foram os Senhores Minervino Bezerra, Genésio Coelho, José Anacleto, Ângelo Bezerra entre outros. Aqui chegando, atraído pela boa qualidade da terra, deram início as primeiras edificações do município. Em 1886 ergueram a Capela de São Pedro, cuja imagem foi adquirida em Portugal e se encontra até hoje na atual Igreja de São Pedro. Em 1930, Várzea já possuía em sua sede mais de 200 casas e, aproximadamente 3.000 habitantes, no povoado e ao redor, que, a principio, surgiu às margens do rio de nome Joca, afluente do Rio Jacu.
GEOGRAFIA
TERRENOS BAIXOS E PLANOS QUE MARGEIAM OS CURSOS D’ÁGUA.
Com estas características de localização, fazendo jus ao nome, encontramos a sede do município. Localizado na Microrregião do Agreste Potiguar, dista sua sede a 84 km da capital (BR-101 Sul até Goianinha e, depois, à direita pela RN-003). Predomina o clima tropical chuvoso com verão seco, onde apresenta anualmente uma média chuvosa de 700 mm, e temperatura média de 27°C. Sua altitude média é de 59 metros acima do nível do mar. Sua potencialidade em termo de vazante e irrigação são muito pequenas, no entanto, a área do município, em quase sua totalidade, é agricultável e pode ser explorada.
ECONOMIA
O município está situado numa região predominantemente agrícola. Fazendas e sítios constituem sua subdivisão geográfica. Além da agricultura, a pecuária é outra fonte de renda importante da economia municipal. Na agricultura são exploradas, principalmente, as culturas de mandioca, milho, feijão, batata doce, coco baía, cana-de-açúcar, manga, caju, entre outras fruteiras. Na pecuária, é predominante a criação de bovino misto. No entanto, existe uma boa criação de aves caipiras, suínos e eqüinos. Ambas as culturas são comercializadas na feira livre do município, que acontece aos domingos. O excedente é exportado para as feiras dos municípios circunvizinhos. O comércio do município ainda é pequeno, porém demonstra sinais de crescimento bastante significativos. Existem em sua sede, atualmente, loja de eletrodomésticos, lojas de roupas, de materiais de construção, vários mercadinhos e supermercados, diversas mercearias, bares e restaurantes, açougues, oficinas mecânicas, clubes recreativos, farmácias, entre outros. Muitos dos estabelecimentos comerciais citados se instalaram em Várzea na década de 90. A partir de 2006, foi instalado um link de Internet Wireless (a rádio; sem fio), consolidando a estrutura telecomunicativa do município, além de gerar um novo segmento de mercado com o advento das lan houses e laboratórios de informática: o de Serviços.
ELEITORES
Observando do ponto de vista da evolução do número de eleitores existente no município, dá para pensar que a população varzeana está, de fato, reduzindo, pois, tomando como base o eleitorado existente em Várzea após o desmembramento de Jundiá em 2000 (ano da 1ª eleição, após a separação) até dezembro/2005, houve uma redução de 14,785% no número de eleitores existentes. Porém, no período de 17/11 à 16 de Dezembro de 2003, houve, pela primeira vez, uma revisão eleitoral no município. Até aquele ano, muitos dos varzeanos falecidos ainda constavam na lista de eleitores votantes. Outro fator que fantasiava o número de eleitores eram os habitantes que residiam em outras unidades da federação e ainda permaneciam constando na relação de eleitores de Várzea. Somente esse fato, provocou uma redução de 1.273 eleitores. O período da revisão limitou-se a 30 dias, no entanto, ainda hoje, existem eleitores residentes na própria cidade de Várzea que continuam com suas situações eleitorais pendentes de regularização. Dados oficiais do número de eleitores votantes para a eleição de 2006, indicam que houve um crescimento significante. O número de eleitores cresceu aproximadamente 10,0 % em relação ao número de votantes na eleição de 2004, conseqüência da regularização de alguns eleitores faltosos na revisão e também de novas inscrições eleitorais e transferências.
EDUCAÇÃO
Observando do ponto de vista da educação municipal, especificamente os dados coletados no Censo Escolar, fica difícil fazer alguma analogia sobre o que está acontecendo com a população varzeana, pois, de acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacional - INEP, (através do seu site na internet), órgão oficial responsável pela coleta de dados do censo da educação em todo o país, e que passaram a ser divulgadas a totalização a partir do ano de 2001. Com base, inclusive, em 2001, houve um crescimento anual no número de inscrição até o ano de 2004. Já no ano de 2005, houve uma redução do número de alunos matriculados. Do ponto de vista da administração municipal, observamos também que o número de matriculas na rede municipal sofre muitas oscilações em virtude de atrair muitos estudantes residentes em outros municípios vizinhos. Fica realmente difícil fazer analogia com crescimento populacional. Além de atrair estudantes de fora dos limites municipais, também existe em Várzea uma grande clientela de estudantes que optam por estudar nas escolas particulares da própria cidade e das cidades vizinhas, inclusive na capital do estado. Para esses dados, nunca foi feito estatística quantitativa. Isso é fato, porque, no município, é visível esta realidade.
Outro fator que também merece atenção, na evolução do número de estudantes existente no município, é a própria migração interna que existe. Verifica-se uma mudança constante no número de alunos entre as escolas estabelecidas em Várzea. Esse comportamento faz com que as escolas particular e estadual apresentem uma evolução diferente das escolas municipais. A comparação evolutiva da rede municipal de ensino com a escola estadual e, também, com as escolas particulares existentes no município, tiveram resultados diferentes no número de estudantes. A escola estadual, de acordo com os números analisados, apresenta uma quantidade de matriculas regular. O número de alunos matriculados oscila entre 433 (em 2001) e 551 (em 2004). Diferente da rede estadual e municipal, a rede particular apresenta um crescimento constante. Saiu de 104 alunos em 2001 para 224. Um crescimento superior a 100%. Para melhor entender o que está acontecendo com a evolução dos números de alunos existentes em nosso município, totalizamos os números de matriculas existentes em todas as escolas e em todos os níveis. O que podemos observar é que houve um crescimento constante no número de alunos matriculados, no período de 2001 à 2004. Já em 2005, houve uma redução de aproximadamente 4,8 %
164 – VENHA VER
Venha-VerLocalizado na microrregião de Serra de São Miguel. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2003 sua população era estimada em 3.584 habitantes. Tem a distinção de ocupar o extremo ocidental do estado.
Venha-Ver possui o menor IDH do Rio Grande do Norte.
HISTÓRIA
Duas famílias, uma de judeus e a outra de holandeses, deram origem à comunidade de Venha Ver.
A explicação da origem do nome Venha Ver é contada de várias formas pelos mais antigos. A mais conhecida pelos patriarcas refere-se ao namoro entre a filha de fazendeiro e um de seus escravos. Descontente com essa amizade, o fazendeiro decidiu mandar sua filha para outra região. Ao procurar pela filha na manhã do dia de sua partida, foi informado por uma escrava que a moça estava proseando com o namorado. O fazendeiro não acreditou na conversa da escrava que não teve outra alternativa a não ser chamá-lo para comprovar pessoalmente sua informação. Venha ver, disse a escrava enfrentando o revoltado patrão.
O povoado, naturalmente, passou a se chamar Venha Ver, e a força do seu povo tornou possível que o pequeno arruado viesse a experimentar um gradativo crescimento. Ao longo dos anos, Venha Ver conseguiu se sobressair entre as comunidades pertencentes a São Miguel, crescendo na produção agrícola e a nível populacional.
No dia 26 de junho de 1992, por força da Lei nº 6.302, Venha Ver alcançou sua autonomia política, desmembrando-se de São Miguel e tornando-se município do Rio Grande do Norte.
Uma pequena cidade perdida no interior do Rio Grande do Norte guarda vestígios da origem judaica de sua população, cujos fundadores, em 1811, eram descendentes de cristãos-novos — judeus convertidos à fé cristã. Mesmo cristãos, os habitantes de Venha-Ver (440 km a oeste de Natal) revelam em hábitos cotidianos uma tradição particular, transmitida há séculos de geração a geração. A maioria dos habitantes, porém, não tem consciência da origem de seus ancestrais. Os sinais mais evidentes da tradição judaica encontrados na pequena cidade pela Agência Folha são a fixação de cruzes em formato hexagonal na porta de entrada das casas, o enterro dos corpos em mortalhas brancas e os sobrenomes típicos de cristãos-novos. Os costumes de retirar totalmente o sangue da carne animal após o abate e de colocar seixos sobre os túmulos também podem ser relacionados à ascendência judaica dos habitantes. Os judeus colocam seixos sobre as sepulturas com o significado de que o morto não será esquecido. Em Venha-Ver, pôr um seixo sobre o túmulo significa uma oração à pessoa ali enterrada. O próprio nome da cidade é uma provável fusão da palavra "vem" (do verbo vir, em português) com o termo hebraico "chaver" (pronuncia-se ráver), que significa amigo, companheiro. Ou seja, Venha-Ver seria uma corruptela de "Vem, Chaver".
Esses foram parte dos indícios relatados pelo rabino Jacques Cukierkorn em sua tese de rabinato (equivalente a mestrado) sobre a ascendência judaica entre a população do Rio Grande do Norte.
A preservação de tradições centenárias entre a comunidade de Venha-Ver foi facilitada pelo isolamento do município, situado no extremo oeste do Rio Grande do Norte, nas fronteiras do Ceará e Paraíba. Só se chega ali por uma sinuosa estrada de terra.
Batentes
Para o rabino Cukierkorn, as cruzes de Venha-Ver têm sua origem na mezuzá — pequena caixinha com uma reza que os judeus fixam nos batentes das portas. Muitas delas têm formato hexagonal, como a Estrela de David, símbolo da fé judaica. A população explica as cruzes nas portas de suas casas como uma proteção contra o mal, o demônio, a ventania e os raios. Os judeus fixam a mezuzá nos batentes para demarcar a proteção divina sobre a casa.
Na pequena localidade, os cadáveres são envolvidos em mortalhas para serem conduzidos até a sepultura. É o que determina a tradição judaica. Esse costume é explicado pelos habitantes de Venha-Ver como algo passado de pai para filho. Há um preconceito contra o uso de caixão — recentemente introduzido nos funerais locais.
Cukierkorn vê, na forma de tratar a carne animal, a presença das regras da culinária "kasher" — determinadas pelo judaismo. Logo após o abate de um animal em Venha-Ver, os pedaços de carne são dependurados com uma corda sobre um tronco de árvore, para que todo o sangue escorra. Depois disso, a carne é salgada — prática usual entre os judeus ortodoxos.
Cristãos-novos
Os sobrenomes mais comuns da população branca de Venha-Ver (parte da comunidade, de fixação mais recente, tem origem negra) são Carvalho, Moreira, Nogueira, Oliveira e Pinheiro, notadamente de cristãos-novos, conforme estudo do professor de antropologia José Nunes Cabral de Carvalho (1913 - 1979) fundador da Comunidade Israelita do Rio Grande do Norte. A repressão religiosa desencadeada pela Inquisição, particularmente nos séculos 15 e 16, fez com que uma ampla população judaica tenha sido forçada a se converter ao cristianismo em Portugal, Espanha e também no Brasil, alterando sua fé religiosa, sobrenome e comportamento social.
165 – VERA CRUZ
Vera Cruz, localizado na região do Agreste potiguar. Área territorial de 100 km².
Era início do século XIX, e a localidade inicialmente chamada de Periperi, que ficava às margens do riacho Vera Cruz, teve como primeiro proprietário o fazendeiro Antônio de Vasconcelos. O seu sucessor, Alexandre Rodolfo de Vasconcelos construiu uma ampla casa e uma capela, atraindo muitos trabalhadores do campo para morarem no local. Em 1855 a capela foi demolida e no local iniciou-se a construção da Igreja do Divino Espírito Santo, pelo Capitão Teodósio Xavier de Paiva e a participação do padre Bernardino de Sena, que só após quarenta anos foi concluída pelo padre Antônio Xavier de Paiva.
A povoação se expandiu e destacou-se dentro dos limites do município de São José de Mipibú pelas atividades agrícolas e pastoris.
Em 1874 recebeu o nome definitivo de Vera Cruz, nome do riacho que banha suas terras. Em 24 de novembro de 1953, o povoado foi elevado à categoria de vila. Dez anos depois, no dia 26 de março de 1963, através da Lei nº 2.850, Vera Cruz foi desmembrada de São José de Mipibu, tornando-se município do Rio Grande do Norte.
166 – VIÇOSA
Nos idos de 1841, teve início a colonização de uma região, situada às margens do riacho Forquilha, mais precisamente numa fazenda de criação de gado. Porém, só no início do século XX é que o povoamento de Viçosa começou a firmar-se. As terras próximas do Serrote da Forquilha foram ocupadas com a chegada de famílias de agricultores que vinham de diversas partes da Região Oeste.
Segundo historiadores, o nome Viçosa teria sido dado pelo português Miguel Caldas Caldeira de Pina Castelo Branco, que ao subir a serra ficou maravilhado com a beleza do vale e falou: "Outra Viçosa", isto por já existir em Portugal a vila Viçosa, antiga residência dos Duques de Bragança.
O crescimento de Viçosa aconteceu de forma muito lenta, através da atividade econômica agrícola.
Sua autonomia política deu-se no dia 28 de dezembro de 1963, por força da Lei nº 3.045, desmembrando-se de Portalegre e tornando-se um novo município potiguar.
Gentílico: viçosense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município com a denominação de Viçosa, pela lei estadual nº 3045, de 28-12-1963, desmembrado de São Miguel. Sede no atual distrito de Viçosa. Constituído do distrito sede. Instalado em 09-01-1964.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
GEOGRAFIA
A cidade (município) de Viçosa localiza-se na Região Oeste do Rio Grande do Norte. É banhada pelos riachos da Forquilha e dos Dormentes, distante da cidade de Natal, capital do Estado 429 km, tem uma área de 38 kM². Conforme o recenseamento de 2007, a população de Viçosa conta com 1.769 habitantes. É o menor Colégio eleitoral do Estado. Limita-se com os seguintes municípios:
NORTE - Riacho da Cruz
SUL - Martins e Portalegre
LESTE - Umarizal
OESTE - Portalegre.
O clima é temperado, saudável e durante a tarde tem o vento brando que sopra do Nordeste, sendo mais fresco durante a noite. A temperatura máxima é de aproximadamente 36° e a mínima 22°.
ECONOMIA
O Município de Viçosa tem como recursos naturais: Madeira e matéria-prima para a fabricação de telhas e tijolos. As principais atividades econômicas são:
No setor primário - Plantio de milho, feijão, algodão, criação de bovinos, caprinos e suínos.
No setor secundário - Pedreiros, artesãos (confeccionadores de artigos de cerâmicas, costureiras e outras).
No setor Terciário - Comércio de feijão, algodão e carne.
Vila Flor localiza-se a 76 KM de Natal .
Como muitos outras cidades ou vilas do Brasil e do RN, o nome Vila Flor origina-se de uma localidade portuguesa , Conselho de Vila Flor, existente desde 1286, quando se chamava Póvoa de Além-Sabor, localizada na Região de Turismo Nordeste Transmontano. Esse costume foi adotado pela Carta Régia de 3 de maio de 1755 a qual determinava que os aldeamentos indígenas que se transformassem em vila passariam a ter nomes de comunas portuguesas.
No Rio Grande do Norte, Vila Flor tem sua origem na aldeia de Gramació, construída em uma légua quadrada de terra cedida pelo então governador, capitão-mor Antonio Vaz, aos índios tupis nos primórdios da capitania. Só em 1768, a aldeia de Gramació se tornou Vila Flor, por ato do Doutor Miguel Carlos Caldeira de C. Castelo Branco.
No ano de 1858 ocorreu a expulsão dos missionários jesuítas e a transferência da sede da localidade para o povoado de Uruá, que foi elevado à categoria de vila, tornando-se em seguida, município de Canguaretama.
Resta no local, num dos cantos do que foi a Praça Central, a antiga Casa de Câmara e Cadeia, erigida no período de 1743 a 1745. Esta construção era o principal edifício da localidade, feita em alvenaria de pedra e tijolos com dois pavimentos. No andar térreo,voltado para os fundos, ficava o cárcere, iluminado e arejado por duas janelas emolduradas de cantaria.
No segundo pavimento, janelas e nas três principais fachadas arcos de alvenaria. Telhado de quatro águas.
A “praça”, o quadrado ao redor do qual está a igreja e a antiga casa de cadeia, nos moldes de todas as povoações portuguesas, guarda possivelmente vestígios arqueológicos dos primórdios da Vila, a serem explorados.
Na divisão religiosa da época de fundação das Vilas no RN, Vila Flor,originalmente Aldeia de Gramació ,era confiada a um missionário do Carmo da Reforma, carmelitas da reforma Turônica, os quais tinham sede no convento de Goiana, Pernambuco.
Conforme Cascudo,na fachada da Igreja de Vila Flor, antiga missão indígena de Gramació, existia a seguinte inscrição: “ No anno de 1743, Governor do Sup. Pe. Notor. P.F(Padre Frei) André de Sacramento, principiou esta egreja e acabou em janeiro de 1745. Reedificada na adm. De Francisco Xavier de Mattos, no anno de 1843.”
Esta é a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, ainda bela, e que pode ser visitada guardando em seu interior toda a atmosfera dos tempos coloniais na capitania.
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