97 – PARAZINHO
Parazinho, localizado na microrregião da Baixa Verde. De Área territorial de 274 km².
HISTÓRIA
O povoado nasceu numa simples fazenda de gado edificada em terreno seco e com difícil acesso à água, porém localizado numa área de grande produção algodoeira, núcleo de convergência das safras da Serra Verde. Com a alta produção do algodão na região que tinha à frente o dinâmico líder João Severiano da Câmara, o território começava a crescer com o grande número de pessoas que lá chagavam e que transformaram o povoado num acampamento mercantilista, centro de negócios e escritório comercial, lugar que recebia e expedia o algodão para a sede do município.
No ano de 1930, o povoado de Parazinho já contava com a infra-estrutura de poço tubular, capela, escola e mais de 500 habitantes. O comércio se tornara mais intenso e já contava com armazéns, lojas e a realização de concorridas feiras.
Em 8 de maio de 1962, através da Lei nº 2.753, Parazinho desmembrou-se de Baixa Verde (hoje João Câmara), e tornou-se município.
Distância de Natal :: 116 km
98 – PARAÚ
localizado na microrregião do Médio Oeste.. Área territorial de 411 km².
Por proposta de um vereador, foi criada uma lei e realizado um plebiscito que alterou o nome do município para Espírito Santo do Oeste em abril de 1998. No entanto, dois anos depois, a alteração foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que não homologou a alteração, voltando o município ao seu nome original.
HISTÓRIA
Foi na Fazenda Cachoeira, no município de Campo Grande que nasceu Luiz Justino de Oliveira Gondim, no dia 2 de janeiro de 1865 e que mais tarde se tornaria um grande educador.
Luiz Justino destacou-se como professor e pela simplicidade chegando às vezes, a dar aulas à sombra do pé de oiticica no riacho Gavião. Em 1888, foi morar na Fazenda Espírito Santo onde casou-se, teve dois filhos dando início a uma nova vida e ao começo do efetivo povoamento da localidade. No ano de 1898, montou uma pequena mercearia e em frente construiu uma latada coberta com ramos de oiticica onde foi realizada uma feira popular. O comerciante vendo os sinais de crescimento em seus negócios resolveu construir uma casa de tijolo e telha para onde mudou-se com seu comércio. Logo depois, abriu outras casas comerciais nos municípios de São Rafael e Angicos.
Empenhado no crescimento de sua terra, Luiz Justino mandou construir um cemitério, em 1908, e doou ao município de Campo Grande. Em 1911, iniciou a construção da capela em homenagem ao Divino Espírito Santo e a comunidade que tomava ares de cidade foi chamada de Espírito Santo. O desbravador continuou seu trabalho e em 1919, criou uma escola, em prédio de sua propriedade, mantendo-a com recursos próprios, para atender as crianças da região. Junto a outros moradores da localidade construiu um galpão coberto com telhas destinado aos feirantes locais.
Com a chegada da agência de correios, em 7 de janeiro de 1922, e para a movimentação postal não se confundir com a de outra localidade existente na região do Estado, surgiu a idéia do nome Paraú, que era o nome de um pequeno navio de guerra feito na Índia e muito usado nos países do Oriente.
O professor Luiz Gondim exerceu várias vezes a função de Juiz Distrital e foi membro da Intendência Municipal. Faleceu no dia 13 de junho de 1936, deixando a marca de seu trabalho em todas as partes de Paraú.
No dia 10 de maio de 1962, através da Lei nº 2.781, Paraú tornou-se município desmembrando-se de Campo Grande.
Em 24 de abril de 1998, a Lei municipal nº 122/98 mudou o nome do município para Espírito Santo do Oeste, atendendo a manifestação popular realizada no dia 2 de novembro de 1997.
Distância de Natal :: 237 km
99 – PARELHAS
Parelhas, localizado na região do Seridó. De. Área territorial de 523 km².
HISTÓRIA
O topônimo deste município teve origem numa competição esportiva conhecida como "parelhas", muito comum na região em meados do Século XIX. Por ter suas várzeas planas e extensas a localidade conhecida como Boqueirão, às margens do Rio Seridó, tornou-se ponto de encontro tradicional de cavaleiros da época, que disputavam corridas montados em seus cavalos, sempre em duplas ou parelhas, numa espécie de jóquei rústico. O evento atraía habitantes de todas as redondezas e chegou a ser atração domingueira para as corridas, com direito a prêmio e festejos. O local passou a ser conhecido como "Boqueirão de Parelhas".
Depois da passagem por aqui do bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1688, a primeira ocupação do solo parelhense aconteceu em 1700, com o tenente Francisco Fernandes de Souza que requereu e ganhou uma sesmaria de 3 léguas quadradas, incluindo a localidade denominada Boqueirão. Depois, só em meados do Século XIX, já com um aglomerado de casas construídas às margens do Rio Seridó, é que se tem informação mais concreta do povoamento. Foi quando estabeleceu-se epidemia do cólera morbus, que praticamente matou ou pôs debandada a pequena população local. Poucas famílias sobreviveram a doença e entre estas estavam Cosme Luiz, Sebastião Gomes de Oliveira e Félix Gomes.
Registros históricos
A partir daí os registros históricos são seqüenciados, principalmente a partir de 1856, com a construção da capela de São Sebastião, em agradecimento a uma graça alcançada por Cosme Luiz e Sebastião Gomes (Sebastião "Chocalho") que, segundo a história, pediram o fim da epidemia no local e foram atendidos. Neste ano de 1856 ficou oficialmente convencionado a fundação da Vila de Parelhas. Dos marcos históricos da época apenas três não são conhecidos: a Igreja Matriz de São Sebastião, o Cemitério dos Coléricos do Boqueirão e outro do povoado Juazeiro. O do Boqueirão infelizmente desapareceu em 2003 quando a Prefeitura construiu sobre ele uma praça pública.
Já no Juazeiro o cemitério memorial do coléricos ainda está preservado, com seus muros de pedra e argamassa como também a estrutura do oratório (capela) e que foi restaurado no final de 2005. Este cemitério secular foi construído por Virgínio Vaz de Carvalho, pai do patriarca Bernardino de Sena e Silva. Logo ao terminar a obra Virginio e seu filho Manoel Vaz contraíram o cólera, vindo a falecer, sendo ali mesmo sepultados.
Depois de ganhar a categoria de município, em 1927, Parelhas teve importante participação na política do estado, com a Revolução de 1930 durante o governo do interventor Mario Câmara que, em 1933, nomeou para prefeito de Parelhas o comerciante e fazendeiro paraibano Ageu de Castro, líder da facção Liberal ou "pelabucho", que entrou em confronto armado com os militantes do Partido Popular, conhecidos no Rio Grande do Norte como "Perrepistas". Os Perrepistas eram liderados em Parelhas pelo fazendeiro Florêncio Luciano com o apoio de toda a elite de coronéis da região.
As escaramuças partidárias culminaram com o famoso "tiroteio de 13 de agosto de 1934", durante um comício realizado na cidade pelos perrepistas. Este episódio foi noticiado na imprensa de quase todo o país. Os efeitos da expansão urbana desordenada e a falta de políticas públicas voltadas para a área de História e Cultura e ainda a influência da ditadura militar, a partir dos anos 60, fizeram desaparecer praticamente todo o referencial histórico e cultural de Parelhas, entre monumentos e documentários, dificultando sobremaneira o resgate e aprofundamento do Memorial do município.
Domingos Jorge Velho (Parnaíba, Capitania de São Paulo, 1641 — Piancó, capitania da Paraíba, 1705) foi um bandeirante brasileiro Mestre de Campo no Governo de Estêvão Ribeiro Baião Parente.
Filho de Francisco Jorge Velho e de Francisca Gonçalves (de Camargo), foi um dos maiores bandeirantes do Brasil. Antes de 1671 já perseguia índios no nordeste do Brasil. Teve um primeiro arraial no Sobrado, onde estabeleceu uma fazenda para criar gado na extremidade ocidental do atual estado de Pernambuco, limitando em parte com a Bahia, às margens do rio São Francisco. De 1671 a 1674, explorou as serras de Dois Irmãos e Paulista e o rio Canindé, no atual estado de Piauí; a Chapada do Araripe, os rios Salgado e Icó, no atual estado do Ceará; o rios do Peixe, Formiga, Piranhas e Piancó, no atual estado da Paraíba. Por fim, regressou ao Rio São Francisco por Pernambuco.
Acompanhou Domingos Afonso Sertão ao Piauí e, depois de combaterem os índios pimenteiras, foi sozinho ao Ceará afungentar os índios cariris. Guerreou os índios icós e sucurus e, mais ao sul, destroçou os índios calabaças e coremas na Paraíba.
Cerca de 1675 estabeleceu grande fazenda agropecuária no que se denominou Formiga. Em 1676, fundou um arraial no Piancó logo destruido pelos índios cariris, o qual reconstruiu ao exterminá-los.
De 1677 a 1680, não há notícias dele. Pode ter ido a São Paulo angariar gente e recursos para o projeto de acabar com os Palmares, pois sua patente de governador de 1688 diz que "se abalou por terra da vila de São Paulo com o número de gente branca e índios que entendeu ser bastante a conquistá-los".
Entre 1680–1684, já estaria fixado na região do rio Piranhas, formando fazenda para agropecuária no rio Piancó, afluente do rio Piranhas, e com sua gente pronta: tinha a suas ordens mil e trezentos índios e oitocentos e vinte brancos. Um de seus filhos ainda teria visitado Taió à procura de ouro.
Domingos Jorge Velho-colaboração de Wolney Rocha Godoy J.L.
A 3 de março de 1687, Domingos Jorge Velho assinou com o governador Francisco Barreto as condições para atacar o quilombo dos Palmares. Em 3 de dezembro de 1691, o governador de Pernambuco, o Marquês de Montebelo, confirmou as disposições acertadas antes entre Souto Maior e Domingos Jorge Velho para a campanha de destruição dos mocambos. O contrato foi ratificado pelo Marquês no mesmo dia e confirmado pela Carta Régia de 7 de abril de 1693, que estipulava as mútuas obrigações. Domingos Jorge Velho marchou imediatamente ao local, dando início a anos de combate. Contou com constantes reforços de contingentes novos, inclusive de Bernardo Vieira de Melo, mais tarde promotor da Guerra dos Mascates. Apenas em 1695 estaria o quilombo destruído. Calcula-se que no Quilombo de Palmares viviam quinze mil negros fugidos à escravidão. No mesmo ano de 1695, foi morto Zumbi.
Em 14 de março de 1695, começou sua campanha da serra da Barriga, que durou até 1697, quando caíram os últimos redutos dos escravos negros fugidos. Em 10 de fevereiro de 1699, o governador Matias da Cunha nomeou-o chefe de uma tropa para dominar os índios do Maranhão, Ceará e Pernambuco, levando missionários e tendo como lugares-tenentes Antônio de Albuquerque e Matias Cardoso de Albuquerque.
Há historiadores que afirmam que Domingos Jorge Velho não fez parte do exército sob o governo de Estêvão Ribeiro Baião Parente para mover guerra aos índios do sertão da Bahia, nem foi o destruidor do quilombo dos Palmares em 1687, como escreveram Pedro Taques e Azevedo Marques, pois que faleceu em 1670, e esses feitos militares são de datas posteriores; pertencem a um de seus sobrinhos do mesmo nome.[1]
Domingos Jorge Velho, a quem é atribuída a participação no exército sob o governo de Estêvão Ribeiro Baião, não é aquele Domingos Jorge Velho casado com Isabel Pires de Medeiros, e filho de Simão Jorge. E sim o filho de Francisco Jorge Velho, irmão de Domingos Jorge Velho. Seu tio, como descrito acima, não fez parte do exército.[2][3]
Houve na época, com pequena defasagem de tempo, dois homônimos com o nome de Domingos Jorge Velho, tio e sobrinho, freqüentemente confundidos inclusive pelo famoso historiador Pedro Taques. O tio, nascido e morador de Parnaíba, SP, participou de entradas no sertão do Guairá (hoje Paraná) sob as ordens de Antonio Raposo Tavares, mas nunca esteve no Nordeste, ao que se saiba. A história da Conquista do Nordeste, entretanto, se desenrolou unicamente sob o mando das atividades sertanistas de seu sobrinho homônimo e solteiro, filho de seu irmão Francisco Jorge Velho e de Francisca Gonçalves de Camargo.
Domingos Jorge Velho I (tio), frequentemente confundido, foi filho de Simão Jorge e de Francisca Álvares Martins e casado com Izabel Pires de Medeiros e pai de Salvador Jorge Velho e Simão Velho. Seu inventário assim determina, datado de Santana de Parnaíba SP 29/12/1670[4]. Este homônimo jamais poderia ter sido o conquistador do Nordeste, cujo primeiro contrato formal ou oficial data de 03/03/1687, quando já havia falecido muito anteriormente, em 1670.
Domingos Jorge Velho II (sobrinho), paulistano ou parnaibano, foi o verdadeiro Conquistador do Nordeste perdido em mãos de diversas tribos hostis aos colonizadores portugueses (e amigas dos franceses) e dos quilombolas, escravos negros fugidos dos engenhos de açucar dos escravistas holandeses no litoral e de outras fazendas, que passaram a atacar bandeiras e fazendeiros no interior, cujo principal e emblemático reduto foi o Quilombo dos Palmares, chefiados pelo seu chefe Zumbi, morto por um dos homens de Domingos.
Participara anteriormente do exército do Governador Estevão Ribeiro Bayão Parente contra os índios que infestavam o sertão baiano do S. Francisco. Teve também fazendas às margens do Rio S. Francisco na fronteira de Bahia com Pernambuco (veja acima) e depois foi libertar o Piauí, junto com o português Domingos Afonso Mafrense "Sertão", a contrato do rico fazendeiro baiano Francisco Dias D'Ávila, que cobiçava as pastagens d'além da margem ocidental do mesmo Rio.
Em seguida separou-se de "Sertão" e foi sozinho dar combate aos índios rebelados no Cariri, Ceará, e depois na Paraíba, de cujo território foi nomeado governador (veja acima), e onde estabeleceu a sua fazenda definitiva de Piancó e ainda denominou o antigo rio Povoaçu, Punaré ou Paraguaçu, de "Parnaíba", em memorial ao rio do mesmo nome (trecho de corredeiras do Tietê) que corta a cidade natal de seus ancestrais, Santana de Parnaíba, berço de inúmeros bandeirantes famosos. Casou-se já idoso e não deixou descendência legal, pode ter tido filhos naturais com índias, já que seu exército indígena somava então cerca de 1300 indivíduos.
100– PARNAMIRIM
Parnamirim localizado na Grande Natal e na microrregião de Natal. O município é limítrofe e conurbado a capital Natal e é a terceira cidade mais importante e a terceira cidade mais populosa do estado com aproximadamente 172.751 mil habitantes. É reconhecida internacionalmente como "Trampolim da Vitória", devido à sua posição estratégica que foi utilizada pelos aliados durante a Segunda Guerra. Sua terra é rica, com lençol freático, é detentor de águas minerais e topografia plana.
Entre suas atrações, encontra-se o maior cajueiro do mundo comprovado pelo Guiness Book. Suas praias são Cotovelo e Pirangi do Norte. Durante a alta estação, a cidade fica lotada, principalmente devido às praias próximas à Natal. Nessa época, a cidade também é festa o tempo inteiro com inúmeros shows e destaque para o forró e a vaquejada. Na cidade encontra-se também a Barreira do Inferno; trata-se da primeira base de lançamento de foguetes do Brasil.
A origem do nome Parnamirim vem da expressão tupi-guarani “Paranã-mirim”, que significa “pequeno parente do mar ou pequeno rio veloz”. Apesar de ainda hoje existirem vários rios e riachos na área que corresponde ao município de Parnamirim, acredita-se que o “Paranã-mirim” conhecido pelos índios potiguares, habitantes da capitania do Rio Grande na época da colonização (século XVII), tenha sido algum curso d’água já desaparecido.
Parnamirim é relativamente um município novo, tendo sua emancipação em 17 de dezembro de 1958.
Há registros a respeito da doação de extensas áreas a capitães-mores, datadas entre 1600 e 1633 (ano da invasão holandesa), com várias referências a topônimos que hoje fazem parte do município de Parnamirim. O Rio Pitimbu, com seus nomes antigos, é uma delas. Porém, apesar das distribuições feitas pelos capitães-mores e da cobiça dos fidalgos por propriedades, as terras de Parnamirim permaneceram inaproveitadas e despovoadas por séculos.
Em 1881, a região foi cortada pelos trilhos da linha férrea entre Natal e Nova Cruz, seguindo de perto o traçado do velho caminho para a Paraíba e o Recife. Sabe-se também que as terras ao sul do Pitimbu estavam, em 1889, nas mãos do senhor do Engenho Pitimbu, João Duarte da Silva. Posteriormente, o fidalgo comprou a maioria das propriedades vizinhas, incluindo uma grande área de tabuleiro plano ao sul do rio que dava nome à propriedade, distante 18 quilômetros de Natal. A área era conhecida como “a planície de Parnamirim” e fazia parte do Engenho Cajupiranga.
Em 1927, o português Manuel Machado passou a ser o novo dono das terras do Engenho Pitimbu, que se estendiam dos limites com os Guarapes, Macaíba, ao norte, e as terras do Engenho Cajupiranga, ao sul. Ele adquiriu fazendas, sítios, engenhos e terras férteis, mas também áreas extensas e desabitadas. Com a posse das terras não esperava ganhar nenhum título nobiliárquico, mas apenas que a cidade crescesse e exigisse novos espaços para moradias.
No entanto foi em meio à aventura dos pioneiros da aviação civil que Parnamirim nasceu. Em 1927, foram abertas diversas rotas aéreas no Brasil. Para isso, foram escolhidas algumas áreas ao longo dessas rotas a fim de que se pudesse ser instalada uma rede de aeroportos.
Dessa forma, a Compagnie Generale Aéropostale – CGA (antiga Compagnie Générale d´Entreprise Aéronautique – CGEA) instalou o campo de pouso (para ser a cabeça da linha transatlântica na América do Sul) numa área doada pelo então dono da maior parte das terras pertencentes ao “município”, o comerciante Manuel Machado, que contava com a imediata valorização do restante da sua propriedade.
Nesse mesmo período, foi construída “uma estrada de rodagem, ligando Natal ao campo de aviação em Pitimbu”, facilitando, assim, a instalação da Aéropostale no Estado. Essa estrada, na verdade, era uma estrada carroçável que saía do caminho que levava ao porto dos Guarapes, em Macaíba, passava pelo engenho Pitimbu e acompanhava a linha férrea Natal/Nova Cruz, até o novo campo.
Nos anos seguintes, com a expansão das atividades da Aéropostale, que viria a ser absorvida em outubro de 1933 pela Air France, Manuel Machado vendeu novos pedaços de terra para a ampliação do “aeroporto de Parnamirim”.
Em 1933, a Air France absorveu todas as companhias privadas de aviação civil. Novos investimentos foram feitos no campo e a companhia estatal francesa transferiu os hangares e demais instalações para o outro lado da pista de pouso, onde hoje estão as instalações da Base Aérea de Natal. A partir daí, ficou reconhecida a importância de Parnamirim para o desenvolvimento da aviação internacional.
Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial, o governo Vargas se viu forçado a assinar um acordo de defesa mútua (julho de 1941), ceder as áreas para a instalação de bases norte-americanas no Nordeste (outubro de 1941), romper relações diplomáticas com a Alemanha, Itália e Japão (janeiro de 1942) e, por fim, em 22 de agosto, declarar guerra aos países do Eixo. A construção das bases naval e aérea, em Natal, seria fruto desses acordos.
Para manter as aparências da participação conjunta nos esforços de guerra e salvar a auto-estima brasileira, o governo criou por decreto a Base Aérea de Natal, que daria o impulso decisivo para o surgimento da cidade de Parnamirim. A pista de pouso das companhias comerciais dividia ao meio o campo de Parnamirim. Os brasileiros ficaram com o lado oeste, onde já estavam as instalações da Air France e da companhia de aviação italiana (LATI), desativadas desde o início da guerra na Europa. Eram instalações modestas demais para atender o esforço de guerra dos aliados e os americanos preferiram ocupar o lado leste. Lá, eles estavam construindo um novo campo, a Base Leste: Parnamirim Field, o maior campo de aviação e base de operações militares que os Estados Unidos viria a ter, durante a Segunda Guerra, fora do seu território.
Em termos estratégicos, Parnamirim Field foi a base de um triângulo que apontava para o “teatro de operações” (o norte da África e o sul da Europa), onde a sorte dos aliados contra os nazistas estava sendo lançada. Este triângulo era identificado nos mapas estratégicos norte-americanos como Trampoline of Victory.
Somente em outubro de 1946, dezessete meses após a rendição da Alemanha, a Base Leste foi entregue a Força Aérea Brasileira. No mesmo ano foi inaugurada a Estação de Passageiros da Base Aérea de Natal, elevada à condição de Aeroporto Internacional Augusto Severo, em 1951.
Para não deixar o Brasil por fora dos conhecimentos tecnológicos que a corrida espacial certamente traria à humanidade, o presidente Jânio Quadros criou a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CNAE). Como conseqüência, em 12 de outubro de 1965, o Ministério da Aeronáutica oficializou a criação do Centro de Lançamentos de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI), instalado em área do município de Parnamirim, e que nos dez anos seguintes, deu a Natal a fama de “Capital Espacial do Brasil”, desenvolvendo vários projetos internacionais em parceria com a NASA. Um dos motivos que levaram à escolha do Nordeste para a instalação de uma base brasileira de lançamento de foguetes já é conhecido e comprovado pela sua posição estratégica em relação ao tráfego aéreo entre a Europa, Norte da África e Estados Unidos.
Localizado a 5º 54’ 56” de latitude Sul e 35º 15’ 46” de longitude Oeste de Greenwich (Inglaterra), o município de Parnamirim encontra-se inserido na Mesorregião Leste, Microrregião de Natal, e dentro da Zona Homogênea do Litoral Oriental, apresentando um clima úmido nas áreas centrais, e sub-úmido nas áreas mais próximas ao litoral.
Cidade de topografia plana, seu lençol freático é detentor de águas minerais. O município está a 14 km de distância da capital, Natal, limitando-se ao norte com Natal, ao sul pelos municípios de Nísia Floresta e São José de Mipibu, ao leste pelo oceano Atlântico e ao oeste pelo município de Macaíba.
Integra a Região Metropolitana de Natal juntamente com os municípios de Ceará-Mirim, Extremoz, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, São José de Mipibu e Nísia Floresta.
Abrange uma área de 126,6 km², que corresponde a 0,24% da área do estado e a 5% da área da Região Metropolitana. A população estimada em 2003 pelo IBGE foi de 143.598 habitantes, resultando na densidade demográfica de 1.134,3 hab/km².
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal em 2000 foi 0,760, considerado pelo PNUD como município de médio desenvolvimento humano, ocupando a 2ª posição no estado e a 1571ª no Brasil.
Parnamirim é servida por duas estradas: a BR-101 e a BR-304, ligando o município ao sul e ao norte do País. O transporte intermunicipal se dá tanto através de ônibus quanto por uma rede ferroviária.
Turismo
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) conhecido simplesmente como Barreira do Inferno, é a primeira base de lançamentos de foguetes do Brasil, que foi criada em 1965.
O CLBI está situado no municipio de Parnamirim, próximo a capital Natal, no estado do Rio Grande do Norte. Nela se concentram operações de lançamento de foguetes de pequeno e de médio porte.
O local foi escolhido pois era próximo do equador magnético; aproveitava o suporte logístico já existente; a região apresentava baixo índice pluviométrico; grande área de impacto representado pelo oceano e condições de ventos predominantemente favoráveis.
O local da base é vizinho de Ponta Negra, região denominada Barreira do Inferno, assim chamada devido às suas falésias avermelhadas.
O Nike Apache, foi o primeiro foguete a ser lançado desta base. Ocorreu em dezembro de 1965 e era um foguete de sondagem de fabricação dos Estados Unidos da América.
Nesta base já foram lançados mais de 400 foguetes, desde os pequenos foguetes de sondagem meteorológica do tipo Loki, até veículos de alta performance da classe Castor-Lance, de quatro estágios.
Dois experimentos envolvendo o INPE, a NASA e o CLBI merecem destaque: Projeto Exametnet – para estudos da atmosfera em altitudes de 30 a 60 km, quando foram realizadas 88 operações entre 1966 e 1978, totalizando 207 lançamentos; e o projeto Ozônio – para estudar a camada de ozônio, com um total de 81 lançamentos, entre 1978 e 1990.
No que se refere a lançamentos orbitais, em particular equatoriais, o CLBI presta serviços de rastreio e de segurança de veículos satelizadores lançados do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Uma outra ação desenvolvida no Centro e que merece destaque é a intensa cooperação com a Agência Espacial Européia (ESA), através da atividade de rastreamento do veículo Ariane, desde seu vôo inaugural
Atuais atividades da base
As atuais atividades da base são:
Rastreamento do veículo lançador Ariane, em conjunto com o Centro Espacial Guianês no (Kourou, Guiana Francesa), em conformidade com o estabelecido em um acordo com a Agência Espacial Européia - ESA.
Continuação dos testes e experimentos de interesse do Comando da Aeronáutica.
Disponibilização dos meios operacionais em proveito de experimentos de interesse da Marinha e do Exército Brasileiro, visando, além da participação de projetos de interesse do Comando da Aeronáutica - CAER, incremento da cooperação entre as Forças Armadas
Venda de serviços de lançamentos e rastreamentos de foguetes suborbitais para organizações nacionais e estrangeiras, colocando os meios operacionais à disposição da comunidade científica internacional para a realização de operações espaciais, em especial aquelas relacionadas com a pesquisa e o monitoramento do meio ambiente, principalmente através da observação da atmosfera. Tal como é o projeto EXAMETNET que foi dirigido para o estudo da atmosfera na faixa entre 30 a 60 km de altitude.
Principais atrações de Parnamirim
Praia de Pirangi do Norte: Marcada por águas mornas e calmas, a Praia de Pirangi é um dos mais badalados points do litoral do Rio Grande do Norte . Seu carnaval reúne cerca de 100 mil pessoas e busca resgatar as tradicionais bandinhas de sopro, incentivando os grupos folclóricos locais e valorizando a cultura regional. Além disso, outros eventos movimentam o local no decorrer do ano, como o Veraneio, a Semana Santa, as Festas Juninas, a Festa do Cajueiro e o tradicional Reveillon.
Praia de Cotovelo: A praia de Cotovelo tem como marca registrada sua tranqüilidade, com um mar de águas mornas e calmas, além da beleza de suas falésias. Nesta localiza-se a Ponta do Flamengo, considerada como o terceiro ponto mais próximo da África, distando 2.852 milhas náuticas deste continente, o que corresponde a 5.300km.
Parrachos de Pirangi: Localizados a apenas 800 metros da costa, podem ser visitados durante a maré baixa. Encanta os visitantes pela diversidade de arrecifes e corais, além das piscinas naturais de águas transparentes que preservam em sua biodiversidade 48 espécies de peixe, sete de corais e onze espécies de algas.
Rio Pium: O Rio Pium foi de grande importância no período da colonização do Brasil, pois os portugueses ancoravam as grandes embarcações na praia de Pirangi e seguiam através dele, com pequenos barcos, em busca do Pau-Brasil. Na altura da Praia de Pirangi, é possível ver o encontro das águas do Rio com o mar.
O Maior Cajueiro do Mundo: O Cajueiro de Pirangi é a maior árvore em extensão desta espécime, registrada no Guinness Book. Possui mais de 8.000 m² e produz cerca de 70 a 80 mil frutos por ano, encantando os visitantes por sua beleza e exuberância. Conta com o apoio da Petrobrás, que auxilia na preservação e na manutenção de sua infra-estrutura, através de projetos sociais. No seu entorno, o visitante ainda tem a oportunidade de conhecer a beleza do artesanato local, marcado pela peculiar arte com o junco e a confecção de tapetes e bolsas.
Base Aérea: Local onde surgiu a cidade de Parnamirim, em 1941, em plena II Guerra Mundial. A Base serviu de apoio aos Estados Unidos, sendo utilizada como um trampolim para a África, e que proporcionou grande desenvolvimento ao Brasil. Atualmente, a Base Aérea é um acervo vivo, aberto à visitação pública. As visitas podem ser marcadas através do telefone 215-7033.
Base de Lançamento Barreira do Inferno: Criada em 12 de outubro de 1965, foi o primeiro Centro de Lançamento de Foguetes do Brasil, e os lança até hoje com fins de pesquisa meteorológica. Lá o visitante pode conhecer o Centro de Cultura Espacial, onde estão expostas réplicas e maquetes de foguetes em tamanho natural. As visitas podem ser realizadas diariamente das 09:00 às 11:00 h e das 13:30 às 16:00 h. Maiores informações pelos telefones 216-1270 e 216-1304.
Trilha Ecológica da Prainha: Partindo da Prainha em Pirangi do Norte, o visitante estará se aventurando pela natureza, em contato direto com o verde e o ar puro, passando por um pequeno trecho de rochas, que divide as Praias de Pirangi e Cotovelo, e dirigindo-se para a Ponta do Flamengo. Ao fim da trilha, o aventureiro pode apreciar as magníficas falésias e tomar banho nas águas mornas e tranqüilas da praia, além de saborear uma deliciosa água de coco nos quiosques e restaurantes à beira mar.
Trilha Ecológica da Casa de Pedra: Saindo da Feirinha de Frutas em Pirangi do Norte, o visitante passará sobre o Rio Pirangi e desbravará os caminhos que o levará à Casa de Pedra. Estando ele em contato direto com a natureza e o ar puro característico da região, observará a biodiversidade representada por sua fauna e flora tropical. Chegando à Casa de Pedra, o visitante encontrará uma construção do período holandês no Rio Grande do Norte.
Vaquejada no Parque Romildo Queiroz: Recentemente inaugurado, o Parque homenageia o antigo morador da localidade, realizando festas de grande porte envolvendo bolão e shows.
Vaquejada na Cidade do Vaqueiro: A Cidade do Vaqueiro, além de um haras, possui um grande espaço onde realiza bolão, vaquejada e grandes shows.
Personalidade Tom do Cajueiro: Descoberto pela apresentadora Regina Casé em uma visita ao Maior Cajueiro do Mundo, onde o mesmo era guia desde criança, Tom projetou-se na mídia nacional através do filme “O Cangaceiro”.
Manifestação Cultural Pastoril: O grupo das pastoras Flor do Lírio de Pirangi foi fundado há cerca de 50 anos, tendo ficado desativado por um tempo. Foi reativado há cerca de oito anos, e as dançarinas atuais são netas das fundadoras.
Restaurante Paçoca de Pilão: Restaurante tradicional da praia de Pirangi onde são servidas comidas típicas da região: carne-de-sol, feijão verde, queijo de coalho, farofa d’água, arroz de leite, etc. O prato principal é a paçoca feita no pilão, resgatando a cultura popular do Estado.
Ferinha de Frutas de Pium: No caminho das praias, a Feirinha de Pium é parada obrigatória. Neste lugar de beleza simples, você pode saborear as frutas típicas da região, como o caju, a pitomba, a sirigüela, a carambola, a manga... E ainda tomar uma deliciosa água de coco!
Turismo Pedagógico: Parnamirim oferece às escolas o Turismo Pedagógico como uma possibilidade de tornar o conhecimento pertinente, contextualizado e real. A viagem é o elemento motivador para dar encanto à educação. Em Parnamirim, o Turismo Pedagógico vem ganhando um espaço relevante com uma oferta diversificada de recursos pedagógicos, que pode ser utilizada por diversas disciplinas. Curiosidades de ver, ouvir, respirar, sentir e tocar, o conhecimento está em cada passo que se dá no município. É aqui que os alunos vão encontrar os motivos para ter certeza que vale a pena estudar em um ambiente de prazeres e divertimentos.
101 – PASSA E FICA
Passa e Fica), localizado na região do Agreste potiguar. De Área territorial de 43 km².
HISTÓRIA
No ano de 1929, num território desabitado, localizado à beira da estrada que liga Nova Cruz a Serra de São Bento, Daniel Laureano de Souza construiu sua casa, e assim deu início a um povoado. Foi na sua própria casa que ele montou uma pequena bodega e passou a bancar jogos, vender aguardente aos que por ali passavam. O pequeno negócio tornou-se conhecido de todos, que ao passarem pela estrada eram atraídos a entrar na bodega e não queriam mais sair.
Ao longo do tempo o pequeno empreendimento de Daniel Laureano, que começou de maneira improvisada, tomou influência pelas redondezas, dando origem a um pequeno núcleo populacional ao seu redor. Contam que um dos moradores da área, Antônio Luiz Jorge de Oliveira, conhecido como Antônio Lulu, para justificar o sucesso da bodega, dizia que aquele lugar era o passa e fica, e assim surgiu o nome Passa e Fica.
Foi através da Lei no 2.782, do dia 10 de maio de 1962, que Passa e Fica desmembrou-se de Nova Cruz, tornando-se o mais novo município potiguar.
Distância de Natal :: 101 km
102 – PASSAGEM
Passagem - localizado na região do Agreste potiguar.. Área territorial de 42 km².
HISTÓRIA
Foi pelo motivo de oferecer as melhores condições de travessia aos viajantes que o rio Jacu deu origem ao surgimento de um novo povoado denominado de Passagem. Desde sua origem o município teve uma vida econômica completamente direcionada para as atividades do campo. Seu desenvolvimento deu-se, principalmente, em virtude do crescimento da produção agrícola nos municípios vizinhos de Santo Antônio, São José de Mipibu e Goianinha.
Com o avanço da atividade agrícola foi necessário se estender o plantio pelas localidades mais próximas. Também, instalou-se nas terras de Passagem uma população rural efetiva, com a finalidade de plantar algodão, feijão e milho. O distrito de Passagem desmembrou-se de Brejinho, passando à condição de município através da Lei n° 3035 de 27 de dezembro de 1963.
Distância de Natal :: 60 km
103 – PATU
Patu, localizado na regiao Oeste. esta localizada a 300 km de distancia de Natal (capital do RN),. Área territorial de 319 km². O município de Patu fica situado na microrregião serrana, uma zona de agricultura e pecuária, que no início da colonização estava ligado ao ciclo dos currais.
História
O Município de Patu fica situado na microrregião serrana, do Rio Grande do Norte, uma zona de agricultura e pecuária, que no início da colonização estava ligado ao ciclo dos currais.
Os primeiros habitantes da terra foram: os índios "Cariris", depois dos colonos criadores de gado, por volta do século XVIII e no século seguinte; houve um povoamento muito lento, os primeiros povoadores vieram de Apodi, entre eles o Padre Francisco Pinto de Araújo, o Coronel Antônio de Lima, Abreu Pereira, e os Capitães Leandro Saraiva de Moura e Geraldo Saraiva de Moura. Algumas das primeiras casas do povoado ainda existem.
Geraldo Saraiva de Moura instalou sua casa da fazenda no pé da serra de Patu. Em 07 de julho de 1777, ele foi escolhido para ser o administrador do patrimônio de Nossa Senhora das Dores; nesta data, ele recebeu a 1ª escritura de doação do Capitão Inácio de Azevedo Falcão, medindo 40x80 braças, iniciava-se assim a formação do referido patrimônio.
Com o passar dos tempos o povoado foi crescendo com o nome de Patu de Dentro, e, em 1852 foi aprovada a sua fundação pelo Governador da Província, o Dr. José Joaquim da Cunha com o nome de Distrito de Paz de Patu, pela Resolução nº. 250, de 23 de março de 1852, sendo subordinado à cidade da Imperatriz, hoje Martins.
Na metade do século XIX, o Capitão José Severino de Moura, sucessor do fundador, conseguiu a aprovação da fundação do povoado com o presidente da província do Rio Grande do Norte. Depois passou a chefia do município a seu filho José Severino de Moura Júnior e seu sobrinho Raimundo Basílio de Moura, que durou até o início da República.
O Governador Pedro Velho de Albuquerque Maranhão elevou o povoado à categoria de vila e o Distrito a município, pelo Decreto nº 53, datado de 25 de setembro de 1890. O município de Patu foi desmembrado de Martins.
ORIGEM DO TOPÔNIMO PATU: conforme contos populares, dois caboclos irmãos tinham suas casas e terrenos próximos ao pé da serra e um dia um dos caboclos disse ao outro: "Quando eu morrer isto aqui fica PA-TU. Daí surgiu o nome Patu".
No entanto, a informação mais aceita é a do historiador Câmara Cascudo, que diz que Patu em língua tupi quer dizer: terra alta, chapada, planalto, chapada sonora, serra do estrondo.
Patu é uma denominação Cariri, índios que habitavam aqui antes da chegada dos colonizadores.
Patu, era um município grande, desde sua fundação em 1890 até 1953, quando começou a ser retalhado em novos municípios. Dele foram desmembrados os seguintes municípios: Almino Afonso, Messias Targino, Olho D´água do Borges e Rafael Godeiro, todos eram distritos de Patu. Com a expansão da criação de novos municípios no Estado, esses Distritos conseguiram a sua autonomia política, por proposições da Assembléia Legislativa e por força de Leis do Governo Estadual.
Ainda hoje, Patu é uma cidade pólo, de atração comercial onde os municípios circunvizinhos se abastecem. Após os desmembramentos sofridos, Patu ficou com uma área pequena de apenas 369 Km2, porém de terras férteis e produtivas.
Os primeiros habitantes da terra foram os índios Cariris, depois os colonos criadores de gado, por volta do Século XVIII e do Século XIX. Houve um povoamento muito lento, os primeiros povoadores vieram de Apodi, entre eles o Padre Francisco Pinto de Araújo, o Coronel Antônio de Lima, Abreu Pereira, e os capitães Leandro Saraiva de Moura e Geraldo Saraiva de Moura. Algumas das primeiras casas do povoado ainda existem.
Geraldo Saraiva de Moura instalou sua casa da fazenda no pé da Serra de Patu. Em 7 de julho de 1777, ele foi escolhido para ser o administrador do patrimônio de Nossa Senhora das Dores; nesta data, ele recebeu a primeira escritura de doação do capitão Inácio de Azevedo Falcão, medindo 40x80 braças — iniciava-se assim a formação do referido patrimônio.
Na metade do Século XIX, o capitão José Severino de Moura, sucessor do fundador, conseguiu a aprovação da fundação do povoado com o presidente da província do Rio Grande do Norte. Depois passou a chefia do município a seu filho José Severino de Moura Júnior e seu sobrinho Raimundo Basílio de Moura, o que durou até o início da República.
Origem do nome "Patu"
Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, "Patu" em língua tupi quer dizer "terra alta", "chapada", "planalto", "chapada sonora", "serra do estrondo".
Patu, era um município grande, desde sua fundação em 1890 até 1953, quando começou a ser retalhado em novos municípios. Dele foram desmembrados os seguintes municípios: Almino Afonso, Messias Targino, Olho-d'Água do Borges e Rafael Godeiro. Todos eram distritos de Patu. Com a expansão da criação de novos municípios no estado, esses distritos conseguiram a sua autonomia política, por proposições da Assembléia Legislativa e por força de leis do Governo Estadual.
Ainda hoje, Patu é uma cidade pólo, de atração comercial onde os municípios circunvizinhos se abastecem. Após os desmembramentos sofridos, Patu ficou com uma área pequena de apenas 369 km², porém de terras férteis e produtivas.
Patu tem grandes atrações turisticas: Serra de Patu, Santuário do Lima (Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis) e a Rampa de Vôo Livre, dentre outros.
Vôo livre em Patu.
Patu atualmente é considerada como um dos melhores lugares do mundo para a prática do Vôo livre de Asa Delta, em particular a categoria Parapente (Paraglider). Dentre recordes atuais, em Patu foram conquistados os de distância solo declarada, duplo declarado e duplo livre.
104 – PAU DOS FERROS
Pau dos Ferros, é a terceira maior zona urbana da região Oeste, com 25 mil habitantes, perdendo somente para Mossoró e Assu. Esta localizado na microrregião de Pau dos Ferros.
HISTÓRIA
Em 1733, por ocasião da morte do Coronel Antônio da Rocha Pita, foi doada a sesmaria de Pau dos Ferros a seus filhos e herdeiros, Francisco da Rocha Pita, Luiz da Rocha Pita Deusdará, Simão da Fonseca e Maria Joana.
Mas foi Francisco Marçal, o grande pioneiro da história de Pau dos Ferros, com seu esforço e com sua capacidade de mobilização que, em 1738, no núcleo populacional já existente ergueu a capela que mais tarde, no ano de 1756, veio a ser matriz de uma grande freguesia.
O nome Pau dos Ferros vem de uma árvore, mais precisamente de marcas fixadas com ferro em brasa numa oiticica muito frondosa que, pela sua grande dimensão, oferecia uma farta sombra e conseqüentemente um excelente local para o repouso dos vaqueiros, quando chegavam cansados do difícil trabalho de campear reses tresmalhadas.
Exatamente por ser um costumeiro local de parada, os vaqueiros decidiram gravar no tronco da grande árvore, com ferro em brasa, as marcas de seus patrões, com a finalidade de que todos passassem a conhecer os carimbos, uns dos outros, para poderem identificar as reses perdidas nos pastos e fazê-las retornarem ao seu dono. A majestosa árvore ficou cheia de marcas de gado, cada vez mais procurada pelos vaqueiros, cada vez mais famosa, e tornou-se o início de uma era, início de uma comunidade.
O povoado cresceu rapidamente, favorecido por sua estratégica localização no centro da região oestana e pelo desenvolvimento de sua pecuária e de sua agricultura.
Em 1841, começava uma série de tentativas para fazer de Pau dos Ferros um município. Era uma luta que unia todo o povo e estendeu-se por vários anos.
A Resolução Provincial nº 344, de 4 de setembro de 1856, tornou Pau dos Ferros município, desmembrado de Portalegre.
Predefinição:Pontos turísticos e eventos principais
Açude público - Barragem de Pau dos Ferros Santuário de Nossa Senhora da Conceição Centro Cultural Joaquim Corrêa Obelisco - Monumento Histórico do Bicentenário da Paróquia
04/09/2008 - Emancipação Política Pauferrense Local: Centro da Cidade
31/08/2008 - FINECAP (Feira Intermunicipal de Educação, Turismo e Negócios do Alto Oeste Potiguar) Local: Centro de Eventos Principal evento tradicional, vem expandindo anualmente, projetando o município.
08/12/2008 - Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição Local: Centro da cidade ou Centro de Eventos
25/07/2008 - Carnapau (Micareta) Local: Centro da Cidade Data móvel
FORMAÇÃO VEGETEAL
Caatinga Hiperxerófila - vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactáceas e plantas de porte mais baixo e espalhadas. Entre outras espécies destacam-se a jurema-preta, mufumbo, faveleiro, marmeleiro, xique-xique e facheiro.
SOLOS
Solos predominantes e características principais:
Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrófico - Fertilidade alta, textura média e média cascalhenta, acentuadamente drenado, relevo suave.
Uso - A utilização agrícola sem irrigação está restrita a culturas resistentes a seca, recomenda-se uso intensivo de práticas de controle a erosão. Uma pequena área é cultivado com culturas de subsistência.
Aptidão Agrícola - Restrita para lavouras, apta para culturas de ciclo longo como algodão arbóreo, sisal, caju e coco e uma pequena área regular e restrita para pastagem natural.
Sistema de Manejo - Baixo e médio nível tecnológico, onde as práticas agrícolas dependem do trabalho braçal e da tração animal com implementos agrícolas simples.
RELEVO
De 100 a 200 metros de altitude.
Depressão Sertaneja - terrenos baixos situados entre as partes altas do Planalto da Borborema e da Chapada do Apodi.
Aspectos Geológicos e Geomorfológicos
O município está situado em área de abrangência das rochas metamórficas que compõem o Embasamento Cristalino, de Idade Pré-Cambriana Média, variando entre 1.000 - 2.500 milhões de anos, onde predominam gnaisses e migmatitos variados, granitos, xistos e anfibolitos, às vezes cortados por veios de quartzo e pegmatitos. Geomorfologicamente predominam formas tabulares de relevos, de topo plano, com diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo plano.
RECURSOS HÍDRICOS
HIDROGEOLOGIA:
Aqüífero Cristalino - Engloba todas as rochas cristalinas, onde o armazenamento de águas subterrâneas somente se torna possível quando a geologia local apresentar fraturas associadas a uma cobertura de solos residuais significativa. Os poços perfurados apresentam uma vazão média baixa de 3,05 m³/h e uma profundidade de até 60 m, com água comumente apresentando alto teor salino de 480 a 1.400 mg/l com restrições para consumo humano e uso agrícola.’
Aqüífero Aluvião - Apresenta-se disperso, sendo constituído pelos sedimentos depositados nos leitos e terraços dos rios e riachos de maior porte. Estes depósitos caracterizam-se pela alta permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade média em torno de 7 metros. A qualidade da água geralmente é boa e pouco explorada.
HIDROLOGIA
O município encontra-se com 100% do seu território inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Apodi - Mossoró.
Rio Principal - Apodi
Riachos Principais - do Meio, do Retiro, da Estrema, das Cajazeiras, Capa.
Paus dos ferros – 5484600
Benevides José Gonçalves – 129760
Capa – 640800
25 de março 8.181000
PRODUTOS AGRÍCOLAS
Ontem: Algodão e banana.
Hoje: Feijão, milho e arroz
PECUÁRIA
Ontem e hoje: Bovino, caprino, eqüino, suíno e ovino.
COMÉRCIO
Produtos alimentícios: Carnes e derivados, legumes e verduras, frutas, enlatados, bebidas, etc. Produtos eletrodomésticos. Produtos de vestiário e calçados. Produtos farmacêuticos. Produtos fotográficos. Veículos automotores. Prestação de serviços como: mecânica, elétrica e eletrônica, medicina e odontologia, lanchonetes, restaurantes e hotéis, costuras, cortes de cabelos, etc.
INDÚSTRIA
Torrefação de café, pasteurização nde leite, panificação, ração para gados, fábrica de doces, fábrica de temperos.
AGÊNCIAS BANCÁRIAS
Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal.
INSTITUIÇÕES FEDERAIS
IBGE, DNOCS, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, INSS, FNS, Agência da Receita Federal, e Junta do Trabalho.
INSTITUIÇÕES ESTADUAIS
JUCERN, CAERN, Coletoria Estadual, 15ª DIRED, VI URSAP, UERN, Central do Cidadão.
INSTITUIÇÕES PRIVADAS
COSERN.
105 – PEDRA GRANDE
108 - PEDRA PRETA, localizado na microrregião de Angicos.. Área territorial de 276 km². Foi criado em 1963.
HISTÓRIA
Com a construção de uma casa e a instalação de curral, João Victor fundava o Sítio São João e dava início ao povoamento da região, nos idos de 1919. Logo após vieram da Praia de Canto do Baixo, pertencente a Touros, os proprietários e trabalhadores Manoel Félix Moraes, Januário Pedro da Silva, Manoel Gabi, Januário Lucas e Manuel Pulu. Todos em busca de oportunidades na nova terra. O povoamento foi logo chamado de Pedra Grande devido a uma peculiar presença na paisagem do território. Na estrada que passa aos arredores do povoado existia uma grande pedra com mais de três metros de largura, a maior das redondezas. Logo, os moradores da região começaram a chamá-la de Pedra Grande e, em conseqüência, o povoado recebeu o mesmo nome. Situada numa área agrícola e pastoril, a povoação teve maior desenvolvimento no período chamado surto algodoeiro na Serra Verde, que tinha, na época, grande repercussão na economia de toda a região do Mato Grande. No ano de 1958, o povoado de Pedra Grande foi elevado à categoria de distrito do município de São Bento do Norte. Quatro anos depois, em 7 de maio de 1962, por força da Lei nº 2.745, sancionada pelo então Governador do Estado, Dr. Aluízio Alves, o distrito foi desmembrado de São Bento do Norte, tornado-se município e alcançando sua emancipação política.
Em outubro de 1736, quando Rodrigo Alves Carneiro recebeu uma Data de terra situada no rio da Pedra Preta, também chamado de riacho Pajeú, estava iniciando-se um futuro povoado.
século XVII, o crescimento daquela área na atividade pastoril foi considerado muito bom. Este resultado devia-se ao grande movimento em torno da região onde futuramente seria o município de Lajes. Mas no século XIX, Pedra Preta estabiliza-se e mantém o ritmo lento de progresso.
Ao povoado chega a estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, e com ela o desenvolvimento do território foi impulsionado pelo aumento populacional, por uma maior integração comercial e pela grande facilidade no escoamento da produção agrícola e pecuária. Em 14 de novembro de 1913, era inaugurada a estação ferroviária de Pedra Preta, foi dia festivo e que deu início a uma nova etapa na vida da povoação.
ECONOMIA
A economia local é voltada para o pescado, a agricultura, e a produção de mel de abelha.
ARTESANATO
Os trabalhos artesanais são representados por redes para pescaria e artigos feitos de palha, tais como chapéus, bolsas e esteiras.
PONTOS TURÍSTICOS
O principal ponto turístico do município, com importantíssimo significado histórico, é a Ponta do Marco, situada no limite fronteiriço entre Pedra Grande e São Miguel de Touros, local onde foi deixado pelos portugueses, no ano de 1501, o Marco com o desenho da Cruz da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, a chamada Cruz de Malta, primeiro marco colonial do Brasil. Destacam-se ainda no turismo local: as Grutas de Laje e dos Martins, a Igreja São Francisco de Assis, o Riacho do Caboclo, o Cabeço de Morotó; as Dunas Móveis, a Caatinga, o Mercado do Produtor, e as lagoas: Boca do Campo, Santa Cruz, Canto de Baixo, e Cutia.
DANÇAS/MÚSICAS
O folclore manifesta-se com apresentações de Fandango, Coco de Roda e nas típicas danças roceiras do período junino.
FESTAS POPULARES
Os eventos mais importantes do município são: a Festa da Lagosta, em maio; a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, em fevereiro; e a Festa do Pescador. A cidade comemora a festa do seu padroeiro, São Francisco, no dia 4 de outubro, com a realização de novenas, procissão e manifestações populares.
106 – PEDRO AVELINO
Pedro Avelino, localizado na microrregião de Angicos Área territorial de 874 km².
HISTÓRIA
Foram os irmãos portugueses Gaspar Félix Lopes, Jacinto Lopes, Diogo Lopes, Alexandre Xavier da Costa, Gonçalo Xavier da Costa e José do Nascimento os pioneiros da região, apesar das terras do território terem sido concedidas em sesmarias ao Coronel Antônio Rocha Bezerra, através de Decreto Imperial de 22 de julho de 1786.
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107 – PEDRO VELHO
Pedro Velho), localizado na microrregião do Litoral Sul. Área territorial de 193 km².
HISTÓRIA
A povoação do local foi iniciada no Sítio Cuitezeiras, terra de muitas árvores Cuités, adquirido no início do século XIX por Cláudio José Piedade. Os viajantes que passavam pelas redondezas eram atraídos para um agradável descanso debaixo das frondosas Cuités. Em torno do sítio e às margens do Rio Curimataú, com o transcorrer dos anos, foi aparecendo um arruamento. Dessa forma, tinha origem a Vila de Cuitezeiras pertencente ao município de Canguaretama. Em 10 de maio de 1890, por força da Lei nº 24, sancionada pelo então Governador Provisório, O Dr. Joaquim Xavier Silveira Júnior, a Vila de Cuitezeiras foi desmembrada de Canguaretama e tornou-se município. No ano de 1901 o município sofreu os violentos efeitos da enchente do Rio Curimataú, sendo inteiramente arrasado pela fúria das águas. Destruído pelas enchentes, teve sua sede transferida para uma área de terra situada numa chapada das redondezas, onde se instalou, e passou a ser identificada com o novo nome de Vila Nova. Os moradores responderam aos reveses da natureza com muito trabalho e capacidade de resistência. Nesse período, ao mesmo tempo em que moradias eram erguidas, tinha início a construção de um cruzeiro, e a comunidade voltava a ter as suas feiras livres. O município desenvolveu-se no setor agrícola, com plantações de cana-de-açúcar, mandioca e algodão. A chegada da estrada de ferro e a ligação do território com a capital do Estado, facilitando o comércio e o transporte da produção agrícola, trouxe tempos de verdadeiro progresso. No mês de fevereiro de 1908 a cidade passou a se chamar Pedro Velho, numa homenagem ao ilustre republicano, filho do Rio Grande do Norte e primeiro Governador do Estado, falecido um ano antes, em dezembro de 1907.
Pedro Velho – Adquiriu foros de cidade pela Lei nº 13, de 19 de outubro de 1936.
ECONOMIA
Baseada na agricultura (grande produtor de cana-de-açúcar), na pecuária e na extração de calcário.
ARTESANATO
seu artesanato apresenta trabalho de fibra de carnaúba e do sisal, com destaque para bolsas e sandálias.
TURISMO
conta com o Rio Piquiri e vários monumentos históricos, com destaque o Cristo de Pedra situado na comunidade de Carnaúba e para as ruínas da Capela Santa Rita de Cássia.
DANÇAS
o folclore de Pedro Velho tem notoriedade por suas apresentações do pastoril e do Boi Calembra de Cuité e pela força histórica da embolada de coco, impulsionado pelo talento do famoso Chico Antônio.
FESTAS POPULARES
a principal festa da cidade é a do padroeiro local São Francisco de Assis, que ocorre dia 4 de outubro, sendo comemorada com intensa participação popular.
RELEVO
depressão sublitorânea com pequenas apresentações de tabuleiro costeiro.
108 – PENDÊNCIAS
Pendências, localizado na Microrregião do Vale do Açu, mesorregião do Oeste Potiguar. Como sua área territorial é de 419 km², sua densidade populacional era de 27 hab/km² em 2003. Foi criado em 1953. O padroeiro da cidade é São João Batista, sendo comemorada no dia 24 de junho. Sendo banhada pelo rio Piranhas-Açu, a cidade é, atualmente, uma grande produtora de camarão
HISTÓRIA
Foi pelo motivo de oferecer as melhores condições de travessia aos viajantes que o rio Jacu deu origem ao surgimento de um novo povoado denominado de Passagem. Desde sua origem o município teve uma vida econômica completamente direcionada para as atividades do campo. Seu desenvolvimento deu-se, principalmente, em virtude do crescimento da produção agrícola nos municípios vizinhos de Santo Antônio, São José de Mipibu e Goianinha.
Com o avanço da atividade agrícola foi necessário se estender o plantio pelas localidades mais próximas. Também, instalou-se nas terras de Passagem uma população rural efetiva, com a finalidade de plantar algodão, feijão e milho. O distrito de Passagem desmembrou-se de Brejinho, passando à condição de município através da Lei n° 3035 de 27 de dezembro de 1963.
Distância de Natal :: 60 km
109 – PILÕES
Pilões, localizado na Microrregião de Pau dos Ferros. Área territorial de 83 km².
HISTÓRIA
Nos idos de 1745, o Capitão João Leitão Arnoso, proprietário da Fazenda dos Pilões, encravada numa grande faixa de terra explorada e ocupada com currais onde se criava gado, fundou uma povoação às margens do Rio Apodi. A fazenda progrediu e em 1755, João Leitão era conhecido como um grande senhor fazendeiro e criador de gado nas terras da ribeira do Apodi. Com o crescimento do gado houve a necessidade do Capitão adquirir mais terras para melhor acomodar seus rebanhos, e adquiriu uma área entre sua propriedade e a Fazenda Serra Branca.
A Fazenda Pilões continuou seu desenvolvimento, chegaram muitos trabalhadores com suas famílias fazendo que o povoado fosse crescendo e ganhasse sua capela, as casas de comércio iam surgindo e acontecia a feira livre local, e foi assim que a fazenda do Capitão Leitão gerou uma nova comunidade.
Ao passar do tempo o povoado recebeu o nome da fazenda que o originou e manteve-se por muitos anos com o nome Pilões. Em 19 de agosto de 1963, por força da Lei nº 2.905, Pilões desmembrou-se de Alexandria e tornou-se um novo município potiguar.
Tudo começou em outubro de 1.745, quando Inácio da Rocha e Francisco Barreto Maciel citavam numa petição a Fazenda dos Piloense pertencente ao Capitão Leitão, na Ribeira do Apody, designação que abrangia toda imensa região, que ia sendo desbravada e ocupada pelos currais de gado. O nome todo do fazendeiro era Joan Leitan Arnoso, que, em 30 de novembro de 1.755, afirmava-se ser senhor de um sitio de terras de criar gado na Ribeira do Apody, chamado Piloense, o mesmo pedia mais terras para acomodação e refrigério do rebanho. Assim formou-se a fazenda que pouco a pouco foi atraindo moradores.
Em 1.926, outros habitantes foram chegando e povoando a fazenda entre os quais destacam-se: Francisco Antonio de Moura, Francisco Rodrigues da Silva, Francisco Melquíades, Antonio do Dé, Antonio Militão, Enéas Ferreira, João Dias e suas respectivas famílias. Era apenas um povoado quando recebeu nome de VASTO HORIZONTE. Alguns anos depois passou a ser chamado de Pilões, cuja origem esta em uma bela cachoeira, nas proximidades da cidade, no Sítio Tamarindo, com pedras em forma de PILÃO.
A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi construída, atendendo a uma solicitação através de uma promessa feita pela Senhora Joana Dantas de Moura, quando seu esposo queria ir, embora por causa de uma seca que ocorreu nos anos de 1.932 e 1.933. Durante a construção da referida Capela, o serviço foi em ritmo de mutirão que contou com a participação de muita gente, tendo como coordenadores dos trabalhos, os senhores: Francisco Antonio de Moura, Né, Francisco do Pinhão, Vicente Antonio, Pedro Nonato Fernandes e Francisco Rodrigues da Silva.
Os mestres na construção foram: Francisco Melquiades, Antonio Gomes, Antonio Militão, João Lúcio e João Marinheiro, 0s demais trabalharam de servente. A inauguração da Capela deu-se em 1.937, tendo como Padroeira, NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, sendo a primeira Missa celebrada pelo Padre Carlos.
A pedido de vários amigos, inclusive de cidades vizinhas, ficou confirmado que a festa tradicional da padroeira seria realizada no mês de Setembro.
Em Pilões, a religião passou por um processo muito lento, pois, eram celebradas apenas novenas no mês de junho, festa da padroeira, missa do natal e uma missão mensal com a participação do padre da região. Mas ultimamente, a religião em Pilões tem evoluído muito passando a ter a participação de varias equipes que buscam o envolvimento de todo o povo de Deus, na formação de uma Igreja organizada.
Pilões passou a Vila em 1.962, tornando-se município em 19 de Agosto de 1.963, cuja Lei de criação, tem o nº. 2.905, sendo o mesmo desmembrado do Município de Alexandria, sendo o seu prefeito provisório o Sr. Francisco José Ribeiro e o primeiro prefeito Constitucional eleito pelo voto, foi o Sr. Elias Altos de Moura, em 31 de Janeiro de 1.965.
O Município de Pilões tem uma área de 91 quilômetros quadrados, e atualmente tem uma população de 3.371 habitantes. Ai a justificativa da força inicial florir em coroa municipal, atraindo moradores de outras regiões com feiras e vendas de produtos locais e de outras regiões.
A Lei nº. 2.905
Cria o Município de Pilões, desmembrado do de Alexandria.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA faz saber que o Poder Legislativo Decreta e Promulga a seguinte Lei.
Art. 1º – È criado o Município de Pilões, desmembrado do de Alexandria, tendo como sede a Vila de igual nome, que se eleva à categoria de cidade com a mesma denominação.
Art. 2º - O Município a que se refere o artigo anterior terá como limites os seguintes: pelas linhas intermunicipais dos municípios de Antonio Martins, Martins, Pau dos Ferros e Marcelino Vieira, é partindo do Sitio Algodões de Antonio Gomes, (nos limites de Marcelino Vieira), inclusive, Várzea Comprida, Lagoa Vermelha e Monteiro, exclusive Riachão dos Barretos, inclusive Riachão, exclusive, observando-se os respectivos limites das referidas propriedades, seguindo por linha reta, partindo de Riachão até as Casas de Turmas de Toma-Toma, e daí pela estrada de ferro até os limites de Antonio Martins, no Sítio Vaca Morta.
Art. 3º - A instalação do novo Município dar-se-á trinta (30) dias após a vigência da presente lei, cabendo a sua administração a um prefeito de livre nomeação do Governador do Estado, até que se realizem eleições para o dito cargo e para os de vice-prefeito e vereadores.
Art. 4º - Para fazer face às despesas de instalação do novo Município, fica o Poder Executivo autorizado a abrir, no corrente exercício, um credito especia1 de Cr$: 300.000,00 (trezentos mil cruzeiros), constituinte recurso, para tanto, o excesso de arrecadação verificado no mesmo exercício.
At. 5º - Fica igualmente criado o Distrito Judiciário de Pilões, subordinado a câmara de Alexandria.
Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições em contrário.
Distância de Natal :: 390 km
110 – POÇO BRANCO
Poço Branco, localizado na Microrregião da Baixa Verde. De Área territorial de 169 km². Foi criado em 1963.
HISTÓRIA
Foi no ano de 1959, que teve início a construção da Barragem Taipu, popularmente conhecida como açude Jacaré, e que a população do antigo povoado de Poço Branco começou a procurar nova área para construir suas moradias. Estes dois marcos tiveram grande importância para a história daquele povo.
A barragem situada nas proximidades de Poço Branco, devido sua localização em área desfavorável, tornava inviável a permanência da população no local por causa das prováveis inundações da área e pelo armazenamento da água, mas ao mesmo tempo trouxe para a região muitos trabalhadores e novos moradores que contribuíram para o crescimento e o desenvolvimento do povoado.
Em uma área de terreno plano situada nas redondezas da barragem, a população decidiu edificar suas moradias e instalar a futura cidade. Começava então a nova Poço Branco e, lentamente, desaparecia a antiga povoação que transformou-se depois em simples cercados para a criação de gado. As obras da barragem transcorriam e Poço Branco continuou progredindo. No dia 26 de julho de 1963, pela Lei nº 2.899, desmembrou-se de Taipu, tornando-se um município do Rio Grande do Norte.
111– PORTALEGRE
Portalegre, localizado na microrregião de Pau dos Ferros.. Área territorial de 110 km². Foi criado em 1755.
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GEOGRAFIA
TERRITÓRIO
Portalegre tinha uma área inicial de 5.000 km², que englobava toda a Microrregião Serrana do Rio Grande do Norte. A partir de 1963, no entanto, começou a ser desmembrada e deu origem aos municípios de Francisco Dantas, Riacho da Cruz, Viçosa, São Francisco do Oeste e Rodolfo Fernandes. Sua área foi reduzida a 110 km², segundo o censo demográfico de 2003, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A vegetação, na área montanhosa, com altitude média de 650m, é bastante diversificada e a caatinga arbustiva predomina. As espécies mais encontradas são oiticica, pau d'arco, angico e outras árvores de grande porte. Também registra-se ampla variação climática. A precipitação média anual é de 600 a 700mm.
ECONOMIA
Economicamente, Portalegre sobrevive dos setores primário e secundário. A redução do território prejudicou o desenvolvimento da pecuária, já que as terras apropriadas para a criação de gado passaram a pertencer a outros municípios, ficando apenas uma área montanhosa. Mas, do pouco que restou, a serra apresenta uma planície propícia para a agricultura, mesmo sendo considerada pequena a produção agrícola de subsistência, com ênfase para mandioca, feijão e milho. Em segundo plano, estão as frutas.
Atualmente, o caju vem se destacando na fruticultura do município. Em 2002, segundo dados do IBGE, foram colhidos 2.150 hectares de caju, que possibilitam a produção doméstica de doce, e a comercialização da castanha, hoje o quarto produto na pauta de exportações do Rio Grande do Norte. Na zona rural, plantações de bananeiras, cajueiros, goiabeiras e outras árvores frutíferas ajudam na subsistência da população.
EDUCAÇÃO
A maioria dos estudantes de Portalegre freqüenta o Ensino Fundamental. De acordo com o IBGE, no ano de 2003, foram matriculados 278 alunos no Ensino Pré-Escolar; 1.491 no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, 364 alunos. Conforme a Secretaria Municipal de Educação, há oito escolas de Ensino Fundamental na zona rural e três escolas de Ensino Fundamental na zona urbana.
SAÚDE
A população conta com um hospital-maternidade na cidade, além de um centro de saúde. Na zona rural, são seis postos de saúde, sendo oferecidos, no total, dois médicos, duas enfermeiras e onze auxiliares de enfermagem.
HISTÓRIA
No final do Século XVII foi registrado o surgimento de Portalegre através do avanço de currais de gado que se estendiam até a várzea do rio Açu/Apodi. O Capitão-mor Manoel Nogueira Ferreira ergueu a primeira fazenda do município pela necessidade de procurar paz e tranqüilidade, subindo então para a serra. A terra foi demarcada com um toro de madeira (dormentes).
Daí o primeiro nome da vila ser considerado "Serra dos Dormentes". No ano de 1740 a vila teve seus primeiros e legítimos fundadores, os irmãos portugueses Clemente Gomes d'Amorim e Carlos Vidal Borromeu, casado com Margarida de Freitas, filha do Capitão-mor Manoel Ferreira. Em 1752, Dona Margarida de Freitas adoeceu. Ela e seu marido fizeram votos de cura a Nossa Senhora de Santana, construindo uma capela em homenagem à santa pela graça alcançada. O segundo nome de Portalegre veio através dessa devoção, passando a se chamar "Serra de Santana".
Os irmãos portugueses receberem do governo as concessões da terra, já faziam benfeitorias e, como não havia Títulos ou Cartas de Doação, o Capitão-mor Francisco Martins arrendava as terras pertencentes a Portugal. Por isso, a mudança do nome para "Serra do Regente" (da Regência).
No dia 12 de junho de 1761, a pedido do governador de Pernambuco, o juiz de Recife, Dr. Miguel Caldas Caldeira de Pina Castelo Branco, foi enviado à vila para demarcar a terra para os índios Paiacus que viviam na ribeira do Apodi. A fundação oficial da vila de Portalegre aconteceu no dia 8 de dezembro do 1761, em virtude da Carta-Régia de 1755 e Alvará-Regio, também de 1755. Segundo Luís da Câmara Cascudo, Portalegre foi a terceira vila a ser fundada no Rio Grande do Norte, sendo antecedida de Nova Extremoz do Norte (região que atualmente pertence a Ceará-Mirim), e da vila Nova Arês.
A presença dos índios está registrada no documento datado de 3 de novembro de 1825, que fala da prisão e fuzilamento dos índios na vila de Portalegre. Os índios Luisa Cantofa e João do Pego, incentivadores da revolta indígena contra os moradores da vila, conseguiram escapar. Mais tarde, Cantofa foi assassinada, acompanhada de sua neta Jandi, no momento em que rezava o Ofício. O local do assassinato fica localizado, atualmente, na Bica.
Portalegre foi destaque na Revolução de 1817, lutando contra o poder imperial. Por esse motivo, é considerada a capital revolucionária do Oeste Potiguar.
112– PORTO DO MANGUE
Porto do Mangue localizado na microrregião do Vale do Açu. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2003 sua população era estimada em 14.416 habitantes. Área territorial de 319 km².
HISTÓRICO
Atraídos pela movimentação cotidiana causada pelo pequeno porto marítimo localizado à beira de um mangue, várias famílias de trabalhadores em atividades marítimas deram início a um povoamento que devido a sua localização, recebeu o nome de Porto do Mangue.
A prosperidade alcançada com a pesca, a extração vegetal e o cultivo de pequenas lavouras, impulsionou o crescimento do povoado.
A luta pela emancipação política contou com a participação de toda a comunidade e de várias lideranças regionais.
No dia 28 de dezembro de 1995, através da Lei nº 6.851, Porto do Mangue teve suas terras desmembradas do município de Carnaubais, tornando-se município do Rio Grande do Norte.
Distância de Natal :: 235 km
113 – PUREZA
PERFIL DO NOSSO MUNICÍPIO
Em 1806, teve início um povoado de nome Pau-Ferro de propriedade de Leopoldo Rodrigues Braga. As terras estavam nas proximidades de Maxaranguape, na época município de Extremoz. Era um pequeno povoado ladeado por árvores chamadas pau-ferro, que fazem sombra à maravilhosa taça de pedra de onde até hoje, brota águas cristalinas.
As águas puras e perenes, por onde passa vão deixando riquezas, transformando as terras em férteis e fecundos vales, ensejando a prática da agricultura. Foi dentro desse cenário que surgiu o povoado de Pau-Ferro.
Por iniciativa do Dr. José Inácio Fernandes Barros, um freqüentador da localidade e entusiasta defensor das qualidades medicinais das águas límpidas das nascentes, o povoado passou a chamar-se Pureza e no dia 25 de maio de 1891, o povoado de Pureza foi elevado à categoria de distrito. Seu ritmo gradativo de prosperidade continuava. Surgiu à feira semanal, veio à primeira escola e foi construída a capela de Nossa senhora da Pureza.
Pelos idos de 1930, Pureza era considerada o distrito mais prospera do município e em outubro de 1938 foi elevado à vila, permanecendo assim até dezembro de 1943, quando a localidade passou a se chamar Vila de Maxaranguape, nome que permaneceu até sua emancipação em 05 de abril de 1963, através da Lei nº. 2.882, desmembrou-se de Touros tornando-se município do Rio Grande do Norte e retornando ao histórico e definitivo nome de PUREZA.
Está distante da capital, 59 km e sua área é de 504,32 Km2, equivalente a 0,95% da superfície estadual. Limita-se ao norte com Touros, ao sul – Taipu, Poço Branco e João Câmara, ao leste – Maxaranguape e Rio do fogo e ao oeste – Touros e João Câmara.
Em pleno centro da cidade, está a Fonte de Pureza, com suas águas cristalinas que abastece 5 cidades circunvizinhas. É considerada a principal fonte d’água do estado, em vazão.
Significado do Nome
Por iniciativa do Dr. José Inácio Fernandes Barros, um freqüentador da localidade e entusiasta defensor das qualidades medicinais das águas límpidas das nascentes, o povoado passou a se chamar Pureza
GEOGRAFIA
. Área territorial de 504 km².É um município não muito visitado por turístas, mas biológicamente muito conhecida.
Localização
Litoral Nordeste.
Limites
Sul – Taipu, Poço Branco e João Câmara
Leste – Maxaranguape e Rio do Fogo
Oeste – Touros e João Câmara
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